PORTO ALEGRE a CIDADE REPUBLICANA do
Dr. CARLOS BARBOSA GONÇALVES.
CÂNDIDO JOSÉ de GODOY
agente de um projeto civilizatório sul-rio-grandense.
Fig. 01 – Foto de Cândido José de Godoy quando Secretário
da Fazenda e das Obras Públicas – 1908-1913
“O Dr. Candido de Godoy, Secretário de Estado, ocupando duas pastas, foi um grande auxiliar do meu governo, e revelava-se de uma modéstia tal que, até nas solenidades, deixava-se ficar sempre para trás”. Carlos Barbosa Gonçalves –in Ramos Oliveira, 1940, p.23.
Quem examinar os sucessivos governos que estiveram no topo da administração do Rio Grande do Sul, e o fizer com um olhar neutro e desapaixonado, não poderá desconsiderar e desmerecer os 5 anos das orientações e realizações do médico Carlos Barbosa Gonçalves. Contudo teria sido impossível, a este governante, levar ao mundo concreto o seu primoroso plano de governo, de 1908 a 1913, sem o apoio, a presença discreta e a decidida ação de uma pessoa qualificada e silenciosa como o de Cândido Joséde Godoy (1858-1946)
O cidadão republicano brasileiro educado na França.
Para quem deseja criar uma narrativa, que tenha por objeto a pessoa de Cândido José de Godoy, terá imensa dificuldade a superar. A sua modéstia apagava todos os vestígios da sua vida de cidadão comum. Os seus hábitos pessoais mergulhavam na doce discrição da vida doméstica açoriana ao estilo da cultura litorânea do Rio Grande do Sul. Estes hábitos açorianos contrastam com os altos brados e vida espalhafatosa dos hábitos do homem do pampa. O cronista interessado deverá dirigir-se aos índices materiais que o engenheiro Godoy
coordenou e deixou no espaço público de Porto Alegre até os mais recônditos rincões do Rio Grande do Sul.
Fig. 02 – Perspectiva do Palácio do Governo
LAGEMANN, Eugênio et LICHT, Flávia Boni (rg.s) PALÁCIO PIRATINI. Porto Alegre : IEL, 2010, p.139
O seu historiador terá dificuldades até para obter mesmo os dados extremos da vida de Cândido José de Godoy, apesar dos altos e refulgentes cargos que ocupou. Contudo sabe-se que ele nasceu, no dia 11 de março de 1858, na cidade de Rio Grande e faleceu, em 27 de junho de 1946, no Rio de Janeiro[1].Completados os preparatórios no Brasil, ele embarcou para a França, onde, em Paris, cursou a famosa Escola de Pontes e Calçadas[2]. Formou-se em engenharia, na turma de 1876, sendo classificado em 3º lugar. Recebeu propostas tentadoras para integrar o corpo dos seus técnicos com cargo vantajoso na administração pública francesa. O jovem engenheiro rio-grandense optou pela negativa pois esta escolha o levaria a perder a cidadania brasileira. Voltaria ao país natal, onde aspirava a oferecer a colaboração dos seus conhecimentos, a fim de impulsionar para frente a sua terra.
Preferiu o retorno à Rio Grande, onde residia o seu genitor, o coronel José Joaquim de Godoy, caráter íntegro, que foi um benemérito daquela cidade, no antigo regime. À época, vivia o Brasil sob a constelação cultural da França, Cândido José viria a ser, entre nós, um representante do humanismo e da técnica francesa a serviço do progresso brasileiro.
O início de sua atividade a serviço do progresso brasileiro ocorreu, ainda no governo de J. de Castilhos, na construção das primeiras estradas de ferro ligando s diversos núcleos urbanos do Rio Grande do Sul. Principalmente na linha Porto Alegr-Uruguaiana ele ascenderia aos diversos postos hierárquicos, da colaboração até a chefia.
Não tardou o ingresso do novel engenheiro patrício nos serviços da Administração do Estado. Desempenhou sucessivamente, de 1888 e 1897, os cargos de engenheiro-ajudante de 2ª e 1ª classe, Chefe de Tráfego e chefe de Locomoção, na Estrada de Ferro de Porto Alegre à Uruguaiana. Foi engenheiro-condutor de 1ª classe da Comissão das Obras da Barra d Rio Grande e ajudante de 1ª classe da Inspetoria do 6º Distrito dos Portos e Canais marítimos da República. O dr. Godoy chefiou, de 1898 a 1906, os trabalhos de Dragagem do Rio Grande do Sul.
Entretanto, a culminância de suas atividades de técnico, seria atingida quando o governo do dr. Carlos Barbosa instalou, um dos mais benéficos que já teve o nosso Estado.
O governo do Estado confiou, em janeiro de 1908, à alta competência de CÂNDIDO JOSÉ de GODOY as elevadas funções de Secretário das Obras Públicas. Simultaneamente ocupou, de 8 de setembro de 1909 a janeiro de 1913, no governo do dr. Carlos Barbosa Gonçalves, o cargo de Secretário da Fazenda e de interino das Obras Públicas. Nestas condições teve condições de realizar um amplo projeto a serviço do progresso sul-rio-grandense.
Neste período iniciou as obras do cais do Porto da Capital, a abertura das suas avenidas e o Palácio Piratini. Construiu os portos de Montenegro, Santa Vitória e as primeiras estradas de rodagem do Estado. Fixou os toldos indígenas na colonização do Alto Uruguai.
Entre os prédios que fez construir salientam-se o Palácio do Governo, o Arquivo Público[3], a Biblioteca Pública Estadual[4].
[1] Cândido José de Godoy, nasceu em 11 março 1858 em Rio Grande-RS. Ele faleceu em 27 junho 1946 em Rio de Janeiro
O autor deste artigo só soube destes dados através da genealogia da família Godoy
http://mitoblogos.blogspot.com/2010/05/genealogia-506-os-godoy-de-rio-grande.html
[3] http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquivo_P%C3%BAblico_do_Estado_do_RS e http://www.apers.rs.gov.br/portal/index.php?menu=historico
[4] http://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca_P%C3%BAblica_do_Estado_(Porto_Alegre)
http://www.bibliotecapublica.rs.gov.br/
Imagem do Relatório da Secretaria de Obras de 1911
Fig. 03 – Projeto do Arquivo Público do Rio grande do Sul.
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O que talvez contribuiu para o silêncio em relação a esta personagem publica é a impossibilidade de ninguém apontar nenhum desvio ou menor descaminho no trato das coisas publicas. Se existiu algo obscuro na sua administração este capítulo ainda foi escrito, um século após o seu término. Para se munir contra esta possibilidade se antecipou e ergueu o prédio e incentivou a conservação da documentação por meio da instituição do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul. Muito antes de qualquer decreto ou legislação relativa à responsabilidade administrativa de Cândido José de Godoy.
Estas preocupações com os documentos são visíveis nos seus próprios relatórios e aqueles que Carlos Barbosa (1911, pp 15 e 16) enviava Assembléia dos Representantes inspirados nos do seu Secretário da Fazendo e Obras Públicas.
“Com o fim de acautelar, quanto possível, contra a ação do fogo, a importante papelada que constitui a garantia da riqueza de todos, foi resolvi a construção de um edifício ad-hoc, feito de pedra, tijolos, cimento e ferro, incombustível enfim”
Nos seus relatórios é possível verificar a hierarquia e as prioridades. A hierarquia começa na base da comunicação física e circulação dos bens por todos os meios da época. Projeto este atual ainda e não completado definitivamente por nenhum governante que o sucedeu até em 2010.
Fig. 04 – Frases conclusivas do Relatório (1911, p.60) de Carlos Barbosa Gonçalves à
Assembléia dos Representes quando o seu governo chegava à metade de sua duração.
Clique sobre a imagem para ampliá-la.
Para Cândido José de Godoy, nascido numa cidade, com vocação portuária e marítima, no comando das duas Secretarias, era natural interessar-se por numerosos projetos para a navegação fluvial, lacustre e marítimo sem esquecer os molhes do cais de
Porto Alegre[1]. A efetiva construção do Molhes da Barra de Rio Grande foi iniciada durante a sua administração na Secretaria da fazenda e obras Públicas[2].
[2] - Em relação construção dos Molhes da Barra do Rio Grande: ver BARBOSA, Carlos Mensagem á ASSEMBLÉA dos REPRESENTANTES, 1911, pp. 23/4/5
http://www.riograndevirtual.com.br/molhesdabarra/conteudo/historico.html e www.baixaki.com.br/imagens/wpapers/BXK18036_m...
http://commondatastorage.googleapis.com/static.panoramio.com/photos/original/18027719.jpg
Fig. 05 – Molhes da Barra de Rio Grande
Determinou o levantamento das possibilidades de construção do porto de Torres. Procedeu a regularização do canal que liga o Guaíba com a Lagoa dos Patos, essencial para anavegação fluvial.
http://www.panoramio.com/photo/19826872
Fig. 06 – Prédio atual do porto lacustre de Santa Vitória do Palmar[1]
Ele tratou da ligação das bacias do Jacui e do Ibicui assim como tantas outras iniciativas que estão a projetar o Rio Grande no campo do progresso, a lembrança de quantos no passado devotaram sua capacidade e seu idealismo para acelerar o desenvolvimento do nosso Estado.
[1] - Em relação ao acesso à Santa Vitória do Palmar : ver BARBOSA, Carlos Mensagem á ASSEMBLÉA dos REPRESENTANTES, 1911, p. 27
Foto Círio Simon
Fig. 07 – Foto do estado atual do porto fluvial de Montenegro
Na capital do Estado, operou uma revolução na fisionomia urbana, com a construção de notáveis prédios públicos, dos armazéns do porto[1]. Inscrevendo o seu nome entre grandes engenheiros que promoveram a remodelação de Porto Alegre, sugeriu ao intendente Montaury o plano de duas avenidas, uma ligando a Voluntários da Pátria ao arrabalde São João, outra estabelecendo um elo entre as Docas e o atual Campo da
Redenção. Ramos Oliveira escreveu (1940, p.23) que:
“O dr. Candido José de Godoy foi o primeiro a projetar avenidas para a capital do nosso Estado. Ao tempo da administração do saudoso Dr. José Montaury, o ilustre engenheiro patrício delineou duas Avenidas: uma partindo da Praça 15 de Novembro, em linha reta, iria atingir a Praça do Portão, da qual uma das Avenidas laterais do Campo da Redenção (atual João Pessoa) seria a continuação; a outra, de 5 a 6 quilômetros, e que, iniciada nas imediações da Estação da Via Férrea, na rua Voluntários da Pátria, esquina Conceição, terminaria no arrabalde de São João. A praça 15 de Novembro, fronteira ao Mercado Público, seria o ponto de convergência das linhas de bondes elétricos”.
No espaço estadual alinham-se, entre os seus empreendimentos, a colonização no município de Passo Fundo, levantando os alicerces do que seria o hoje próspero município de Erechim; a colonização na própria Fronteira Oeste[2], na chamada Colônia da Rosa, hoje Estação João Arregui; a construção de quartéis, para a Brigada Militar, e de escolas e pontes em diversos municípios.
[1] - Em relação construção do Cais de Porto Alegre: ver BARBOSA, Carlos Mensagem á ASSEMBLÉA dos REPRESENTANTES, 1911, pp. 26 e 28/
[2] - Nesta colonização foram deslocados 16.522 imigrantes - Em relação à Colonização do Alto Uruguai: ver BARBOSA, Carlos Mensagem á ASSEMBLÉA dos REPRESENTANTES, 1911, pp. Pp. 29, 30 e 31
Relatório de 1911 da secretaria de Obras na administração Cândido Godoi
Fig. 08 – Foto dos primórdios da ocupação de Erechim - c. 1911
No aspecto da colonização é preciosa, e sempre atual, a sua preocupação “nas colônias do Estado, os lotes são concedidos com a formal obrigação de conservar uma reserva florestal, chamada protetora”[1]. Coerente com este cuidado não era menor a sua preocupação com os indígenas[2], os primitivos habitantes destas florestas e de cujas reservas removeu muito aventureiros.
Deixando estas funções pelo término do período presidencial, o dr. Godoy foi nomeado Chefe da Comissão das Obras da Lagoa Mirim.
O governo federal nomeou-o, em 1914, chefe da Comissão Fiscal do Porto do Pará e 21 de outubro do mesmo ano, Inspetor dos Portos, Rios e Canais do Brasil
em cujas funções se aposentou.
O EDUCADOR
Não se destacou apenas entre os executores. Foi também um educador, ensinando a fazer a coisas, tanto a futuros engenheiros como à adolescência ainda incerta do rumo da vocação.
No magistério, sua cooperação se verificou no Ginásio Rio-grandense, hoje Colégio Estadual Júlio de Castilhos, na Escola de Engenharia, onde lecionava Estereotomia, Perspectiva e Sombra, e no Colégio Sevigné, aqui ensinando a língua do povo que tanto amava, o francês.
No espaço administrativo do Estado do Rio Grande do Sul jogava a favor da educação fazendo-se presente, na qualidade de Secretário da Fazenda, no Conselho de Educação[3] equivalente ao nosso atual Conselho Estadual de Educação
Vê-se, assim, por este breve retrospecto, quanto é justificado lembrar eexaltar homens da categoria moral e profissional de um Cândido José de Godoy. Por isto, seu mais destacado estudioso, o saudoso Oscar de Oliveira Ramos[4], da Academia Sul-Riograndense, o situava sempre na trilogia a que mais deve Porto Alegre, isto é, ao lado de José Montaury e Otávio Rocha.
[1] - Em relação à este reserva florestal: ver BARBOSA, Carlos Mensagem á ASSEMBLÉA dos REPRESENTANTES, 1911, p. 31.
[2] - Em relação aos toldos indígenas, a sua regulação e administração ver BARBOSA, Carlos Mensagem á ASSEMBLÉA dos REPRESENTANTES, 1911, p. 31. Contudo, tanto este tema como os demais temas presente no relatório de Carlos Barbosa estão mais explícitos e detalhados em : GODOY Cândido Jose de Relatório da Secretaria de Obras. 08.09.1911 pp. 153 em diante,
[3] CORREIO do POVO -ANO 115 Nº 289 - PORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 16 DE JULHO DE 2010
http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/Default.aspx?Ano=115&Numero=289&Caderno=0&Noticia=168983
[4] - RAMOS, Oscar de Oliveira A ação dos engenheiros nos grandes melhoramentos do Estado: o dinamismo do Dr. Cândido José de
Godoy, ex secretário da Fazenda e de Obras Públicas. Porto Alegre : Livrara ao Globo, vol. 2, 1940-1941, 48 p
Biblioteca da Escola de Engenharia da UFRGS - obras raras
Fig. 09 – Capa do Relatório de Cândido José de Godoy.
Como administrador, foi um homem de visão e um realizador. Isento de paixões sectárias, afeito ao trabalho, era invulgar e brilhante, quer nos estudos de gabinete, como na ação. Colega e chefe respeitado e querido, não menor foi sua estatura como chefe de família, a ponto de um general do nosso exército, na imprensa carioca, o haver chamado de “varão de Plutarco”.
Seu amor ao Rio Grande do Sul acompanhou-o até à morte, em idade avançada. Quando, por exemplo, em 1941, ocorreu a grande inundação que assolou Porto Alegre, de lá do Rio de Janeiro, onde vivia desde que se aposentara, escreveu ao “Correio do Povo”, propondo sugestões para remedar a repetição do fenômeno. Suas sugestões foram aceitas e aproveitadas. Tinha então 82 anos, mas um cérebro sempre ágil e alerta aos interesses do Estado.
A obra para além do seu tempo.
A pesquisa, o estudo e a ação didática-pedagógica estavam profundamente vinculados à vida do Engenheiro CÂNDIDO JOSÉ de GODOY. Foi um dos fundadores da Escola de Engenharia [atual UFRGS], ali sendo professor das cadeiras de Descritiva e de Máquinas, do curso de Engenharia Civil. Ministrou, ali, sábias lições a uma plêiade de patrícios que, depois, ocuparam cargos de relevo na vida pública.
Fig. 10 – Capa desenhada por Giuseppe Gaudenzi para um relatório da Escola de Engenharia e impresso na
oficina Gráfica do Instituto Parobé.
O dr. Godoy foi professor de matemática elementar e de francês no Ginásio do Rio Grande do Sul e no Colégio Sevigné, apesar da sua grande atividade nos afazeres das suas Secretarias governamentais
Oscar de Oliveira Ramos escreveu:
“educado na escola das altaneiras virtudes cristãs, que tanto influem na formação do caráter do homem, o dr. Cândido Godoy salientou-se sempre, como um espírito altamente justiceiros. A justiça norteou invariavelmente as diretrizes da sua conduta irrepreensível, emoldurada por uma bondade criadora. Jamais se vergava às injustiças da politicalha, tão ao sabor de certos espíritos rotineiros, o dr. Godoy sabia colocar-se, com elegância moral dos seus gestos, acima e fora das correntes partidárias”.
Os seus trabalhos publicados são numerosos, revelando o fulgor do seu talento, o desejo seu de fixar em livros, que ficam, a coragem das afirmações, o mérito de estudos aprofundados de profissional cônscio da sua personalidade inconfundível do seu vigor técnico.
Escreveu as seguintes obras: “Porto do Rio Grande”, “Bacias Hidráulicas da Barra do Rio Grande do Sul, de 1912 a 1922”; “Memórias sobre o projeto do Porto de Santa Vitória”. “O problema do reflorestamento”. Editou as “Lições de Aritmética”[1]. Elaborou um “Tratado de Descritiva, Perspectiva e Sombras” que eram professadas nas suas aulas da Escola de Engenharia o que não foram publicadas ainda.
A MEMÓRIA de GODÓY CULTIVADA por OUTROS.
No grupo dos engenheiros que mais se destacaram nessa área de atividades, sobressai sem dúvida Cândido José de Godoy. Nascido a quase há um século e meio, na cidade de Rio Grande, a sua memória, hoje mais do nunca, revive e é celebrada publicamente.
[1] - GODOY, Cândido José de. Lições de Arthmetica. Porto Alegre :Typografia de Emílio Wiedemann, 1902, 213 p.
GOOGLE EARTH
Fig. 10 – Portal da cidade de Cândido Godói
A memória das suas energias e da sua garra, é guardada no chão, nas mentes e nos corações dos habitantes do município CÂNDIDO GODÓI[1] e cuja colonização e ocupação territorial ocorreu ao longo de seu mandado do Secretário da Fazenda e das Obras Públicas no governo de Carlos Barbosa.
Coube ao governo do Estado, quando da administração do engenheiro Ildo Meneguetti[2], comemorar o transcurso do 1º centenário de nascimento daquele operoso técnico e homem público, quando se ligou seu nome ilustre a um dos ginásios deste capital. Para comemorar o transcurso do 1º centenário de nascimento do Engenheiro CÂNDIDO JOSÉ de GODÓY a administração do seu ex- aluno engenheiro Ildo Meneguetti, ligou a sua memória a seu ilustre nome a um dos colégios da capital.
[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2ndido_God%C3%B3i
http://www.ferias.tur.br/informacoes/7528/candido-godoi-rs.html
Fig. 12 – Entrada do Colégio Cândido José de Godói
O colégio que leva o seu nome espelha-se no alto projeto civilizatório desenvolvido pelo engenheiro CÂNDIDO JOSÉ de GODOY Espelha-se na sua vida individual e na sua obra pública como profissional, administrador e professor.
O Colégio GODÓI está sediado no Quarto Distrito, um dos bairros metropolitanos mais progressistas. O projeto civilizatório do engenheiro CÂNDIDO JOSÉ de GODOY constitui exemplo e lições coerentes com o bairro onde se situa a instituição Colégio GODÓI. Este resultou da profunda interação da sociedade organizada do bairro, da lucidez e da vontade inquebrantável da equipe dos seus professores e da resposta imediata, prazerosa e positiva dos seus estudantes[1].
Porto Alegre ostenta também o nome do Dr. Cândido José de Godoy numa das suas artérias.
Devido ao conjunto de todas estas dimensões e de suas obras CÂNDIDO JOSÉ de GODÓY merece constar como um dos agentes ais expressivos de um projeto civilizatório sul-rio-grandense.
Fontes do texto em:
RAMOS, Oscar OLIVEIRA de - A ação dos engenheiros nos grandes melhoramentos do Estado: vol. 2, Cândido José de Godoy . Porto Alegre : Livraria do Globo, 1940-1941, 36 p.
ilRAMIREZ, Hugo[2] O Engenheiro Cândido José de Godói, Vanguardeiro do Progresso Rio-Grandense. Porto Alegre : Correio do Povo (arquivo do Colégio Cãndido José de Godói
GODOY, Cândido José de - Relatório da Secretaria de Estado dos Negócios das Obras Públicas -Rio Grande do Sul - Porto Alegre : Livraria do Globo, 08.09.1911, 380 p. il.
BARBOSA GONÇALVES, Dr Carlos - Mensagem enviada para a 3ª sessão ordinária da 6ª Legislatura á ASSEMBLÉA dos REPRESENTANTES do Estado do Rio Grande do Sul, em 20 de setembro de 1911. Porto Alegre : Oficinas Gráficas da Livraria do Globo 1911, 63 pp.
www.seplag.rs.gov.br/download.asp?nomeArq=1911_Carlos_Barbosa...pdf
[1] Em relação ao Colégio Cândido José de Godói ver
SIMON Círio A PRÁTICA DEMOCRÁTICA na ESCOLA PÚBLICA ESTADUAL: estudo de caso da expressão das condições da prática democrática pelos professores do Colégio Estadual Cândido José de Godói – POA- RS – durante a Abertura Política Brasileira (1979-1985). dissertação proposta defendida em 17.12.1986 na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS)Faculdade de Educação no Programa de Mestrado em Métodos e Técnicas de Ensino
Disponível em http://www.ciriosimon.pro.br/aca/aca.html - PRÀTICA DEMOCRATICA na ESCOLA PUBLICA ESTADUAL
[2] Hugo RAMIREZ, nasceu, em 12 de abril de 1922, em Uruguaiana. Durante sua vida, atuou como jornalista, advogado e educador. Professor fundador do Colégio Cândido Godói e do seu Grêmio de Professores Escreveu mais de setenta obras, com destaque para o romance “Rio dos Pássaros”, enaltecido pela Academia Brasileira de Letras. Em 2003 foicondecorado com a Medalha do Mérito Tradicionalista Barbosa Lessa, a mais alta comenda do tradicionalismo gaúcho Faleceu em 1° de agosto de 2007
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