FERNANDO CORONA
(1895-1979)
– CRONOLOGIA -
Da sua vida pública,
da Escultura, da obra Arquitetônica e do seu Magistério.
25.11.1895:
nasce na Espanha, em Santander[1]
Jesus Maria CORONA – Um dos capiteis (1957) de uma coluna da cripta da catedral de
Vitória – Espanha - Imagem reconhecida e
autenticada por Fernando CORONA no dia 12.07.1967
1900-1909 – Impossível deixar de reconhecer o fato de que o pai se
inspirou no seu próprio filho ao modelar este baixo relevo. Sob a metáfora da criança pobre e
descalça abraçada à criança rica sob a atenção de um anjo pairam as motivações
socialistas
1902-1908:
Primário e secundário em Santander
1907:
a família se muda para San Sebastian
1908: Volta para Santander e inicia estudo de desenho no Instituto
Garbajal
1909:
Em Vitória, com o pai, estuda 3º ano de
Belas Artes
1909-1910 trabalha e estuda escultura em Vitória com o pai Jesus Maria CORONA[1],
que é obrigado a fugir
Imagem do
GGOGLE EARTH – RS TUPANCIRTÃ
1910-1919 – A pr1meira obra solo de Fernando Corona no Rio Grande do
sul. Com esta experiência - realizada
aos 22 anos em Tupanciretã e cinco de Brasil - converteu-se definitivamente
para a cultura sul-rio-grandense. Sem abdicar do contato e da atualização da
inteligência universal- como o faziam os habitantes de Tupanciretã em 1917,
pesquisava com aquilo de concreto que este lugar, tempo e sociedade
ofereciam.
1910:
Estudo de Francês e Preparatórios em Santander
1910-1912:
trabalhava no escritório de
advocacia do Procurador dos Tribunais Civis e Eclesiásticos Don Luís Rios
Rocañi. A noite e estudava no Instituto Carbajal onde praticava desenho
03.02.1912:
Embarca em Barcelona em a viagem solitária ao Brasil via Buenos Aires.
04.03.1912
– Chega a Porto Alegre a bordo do vapor Javari.
15.04.1912
– O navio Titanic afunda após colidir com iceberg
112-1913
– Escultura, modelagem e desenho com o pai no atelier de João Vicente
Friedrich. Ampliação de desenhos arquitetônicos no escritório de Rodolpho
Ahrons.
1914-1920:
Escultor no Atelier “CORONA & GHIRINGHELLO” de Porto Alegre funde, em cimento, uma estátua de “David” de dois
metros de altura para um jardim de casa particular do bairro de Teresópolis. Assina, lê e coleciona as revistas:
“LA ESFERA”[1]
espanhola de arte e “PLUS ULTRA”[2]
Argentina.
1915-1920:
Estudos de Arquitetura e Assistente de
Desenhista no projeto da Catedral Gótica de Porto Alegre.
15.02.1916:
Jesus Corona entrega o projeto da catedral de Porto Alegre, tendo 19
concorrentes
.
01.01.1917:
amanhece na delegacia de polícia, preso por desordem. Libertado pelo pai, de
tarde, foi tourear na Praça de Touros, montada em Porto Alegre, pelo Coronel
Ganzo[3]
e Colônia Espanhola..
.
01.03.1917:
o Correio do Povo[4]
publica 1º lugar do projeto da catedral de Jesus Corona
20.03
– 02.06.1917. Trabalha em Tupanciretã em três esculturas sacras
1917.
Colabora com João Santana nas revistas “Kodak” e “Máscara”.
03.05,1919: Dom
João BECKER divulga a “Sétima Carta Pastoral”[5]
com apologia ao ogival e clichês de página inteira de desenhos de Jesus e
Fernando Corona.
03.05.1919:
noivado com VENUTA ROSSI contra a vontade do pai.
27.06.1919:
recebe o grau 18 na maçonaria como Cavalheiro do Príncipe Rosa-Cruz.
[4] CORREIO do POVO ano 122 - Nº
152- p. 15 Dia 01.03.1917 e 2017
-CATEDRAL.METROPOLITANA
[5] - BECKER, D. João. A
Cathedral Metropolitana de Porto Alegre.
Sétima Carta Pastoral. Porto Alegre :
Selbach, 1919. 73p
Jesus Maria CORONA – Um dos capiteis (1957) de uma coluna da cripta da catedral de
Vitória – Espanha - Imagem reconhecida e
autenticada por Fernando CORONA no dia 12.07.1967
1920-1929 – Este
tríptico da fachada da Sociedade Espanhola - projetada e modelada pelas mãos de
Fernando Corona, em 1929 - é uma síntese da primeira década que o mestre passou inteiramente no
Rio Grande do Sul. A imagem ATLANTE
- que representa da EUROPA (esquerda da Imagem) - possui evidentes traços do seu próprio rosto.
No centra a imagem de sua fecunda Espanha materna Ambos são contemplados pela
imagem ATLANTE que representa a AMÈRICA[1].
20.12.1920:
casamento com VENUTA ROSSI.
22.08.1921:
Nasce Eduardo Corona[2].
Trabalha na decoração da fachada do prédio da Seção Feminino do Instituto
Parobé[3]
com seu sócio STAEGE.
1922-1925
Escultor e decorador da ala residencial do Palácio do Governo (Piratini) de
Porto Alegre em companhia de Alfred ADLOFF.
30.09.1923
Nasce sua filha Marina Electra (1923-1938)
1924
– integra e interage com o meio intelectual porto-alegrense[4].
1925-1934:
Escultor chefe do Atelier “CORONA & GHIRINGHELLO” de Porto Alegre
1925:
Participa e decora o Salão de Carnaval de 1925. Após integra o “CLUBE dos TREZE”[5]
que organiza o “Salão de Outono de Porto
Alegre” para o qual modelou o cartaz impresso em fotografia.
05.10.1924:
Nasce Luís Fernando CORONA[6].
1924
– Modela máscara de BORGES de MEDEIROS inspirado nas formas de Umberto Boccioni[7]
1925:
Ganha o concurso para o projeto do Hospital São Francisco da Santa Casa de
Porto Alegre.
1925
– Modela Desembargador André da Rocha[8]
1925-1947:
Projetista e Desenhista dos Engenheiros “Azevedo Moura & Gertum”; Modela a
placa de bronze do Desembargador André da Rocha para o hall da Faculdade de
Direito da UFRGS
1926: Em
Pelotas realiza a decoração das agências do Banco da Província, Banco do
Brasil, Grande Hotel e -Sociedade Portuguesa. Modela o busto do escritor e
poeta Fernando Osório[9]..
Hospeda-se no Hotel Aliança dirigido, na época, pelo pintor Leopoldo GOTUZZO
(1887-1983),
26.03.1927: inaugurado o monumento e a
máscara[10]
de BEETHOVEN frente ao primeiro Auditório Araújo Vianna com um
discurso do poeta Eduardo Guimaraens e elogio, pela obra, no Correio do
Povo.
1927-1930:
Trabalha em Pelotas, Bagé, Livramento e
Uruguaiana para a firma Azevedo Moura
& Gertum ao mesmo tempo para a sua própria firma Corona & Ghiringhelli.
projeto e execução da Galeria Chaves, Cinema Imperial, Novo Hotel Jung,
Decretaria da fazenda do RS
1928 -
Vitorino Zani[11]
é aprendiz da firma Corona & Ghiringhelli.
1929: recebe primeiro lugar em projeto
de escolas, para 500 e 1000 alunos, no escritório de Azevedo Moura &
Gertum a serem construídas na capital e no interior Estado sob o patrocínio de
Osvaldo Aranha. Fernando Corona fiscalizou a construção de algumas delas..
1929 – Modela as obras da fachada prédio
da Sociedade
Espanhola, na Rua Andrade Neves, nº 85, ) Porto Alegre onde escreve a frase
“HOY POR TI – MAÑANA POR MI”[12]
1929
– Modela o busto de BILA ORTIZ e de quem Lucílio ALBUQUERQUE faz o retrato[13]
e de Pietro GIGLIO de Cruz Alta[14].
[1] O pesquisado Arnoldo
DOBERSTEIN faz a distinção entre os ATLANTES - VELHO e JOVEM - da Confeitaria
Rocco de Porto Alegre devidos a Giuseppe Gaudenzi dos ATLANTES de CORONA que
representam o Europeu e o Indígena.
[4] Entre este intelectuais de
Porto Alegre estão “ Eduardo
Guimarães, João Luso, Azor Brasileiro de Almeida, Jorge Jobim, Paulo Bidan,
Fábio de Barros, Francisco Belanca e Augusto Luiz de Freitas, Ernani Fornari,
Alfredo Guimarães, Francis Pelicchek José Rasgado F°, Gaston Ritt, o consul de
Portugal, Aurélio Porto, Rubens Barcelos, Renato Costa, Mansueto Bernardi,
Wedimar Ferreira, Ruy Cirne Lima, Alhos Dasmasceno Ferreira, Manoel Santiago e
De Souza Junior”. Diário de
Fernando Corona 1924 ,
[5] - “Helios Seelinger sugeriu a fundação de uma
sociedade organizador de um Salão. Resolvemos criar o grupo denominado “Os
treze” composto de Argentino Brasil Rossani; Lorenzo Picó; Francis Pelichek ; Francisco Belanca; Tasso
Corrêa; José Rasgado F°; Hélios Seelinger; João Santana; Fernando Corona;
Bernardo Jamardo; Fábio de Barros,
Afonso Silva, José Delgado” Diário Corona ano de 1924.
[7] - Fernando Corona “Eram grandes aqueles Poetas” Porto
Alegre: Correio do Povo – Caderno de Sábado 26.02.1972-
[13] Fernando Corona escreveu no seu diário para o
ano de 1929 “Outro concurso curioso
promovido pelo Diarío de Noticias foi o de Beleza. Era a primeira vez, a serio,
que se promovía esse movimento em todo o Estado. O reporter do Diario me
convidou para fazer parte do júri. Em dia marcado, compareceram as moças
eleitas em todo o Estado. Meus companheiros de juri eram: Angelo Guido, pintor;
João Pinto da Silva, escritor de renome; Andrade Queiroz, escritor; Libindo
Ferraz, pintor e diretordo Instituto de Belas Artes; Dr. Mario Totta, médico e
poeta e eu Fernando Corona, escultor. As provas a que se sumetiam as beldades
eram: de conversação, maneiras, educação e sobretudo beleza estética. Não havia
provas de maió. Traje de passeio e de gala. A escolhida foi Mis Uruguaiana,
Bila rtiz. Bem educada, distinta mesmo, de tipo moreno bem riograndense, sua
beleza era de proporções as mais aproximadas as de Vênus de Milo. Não as
mediamos, apenas eram os nossos olhos que buscavam em cada uma a mais completa
e justa proporção, sem esquecer a cabeça. Bila Ortiz era elegantissima e por
sua educação sabiamos que sua compostura sería correta. Um dia, antes que ela seguisse para o Rio
onde iría concorrer a Mis Brasil, que quase o conseguiu, eu a convidei a posar
para mim. Estava em Pôrto Alegre o famoso pintor nacional Lucilio de
Albuquerque. Falei a êle do meu proposito e êle aproveitou para em meu ateliê
da rua Cristovam Colombo, fazer o retrato de Bila à sanguina. Eu fiz o busto da
Bila Ortiz que a Revista do Globo publicou mais tarde. Também a Leopoldis Filme
fez uma fita do concurso incluindo o momento da pose da Bila para mim e para o
Lucilio. Fiquei com o busto em gêsso por muito tempo em meu ateliê, com a
intenção de doa-lo a propria Bila. Como ela ficasse no Rio e logo encontrou
noivo com quem casou, nunca mais a ví. Numa das viagens que fíz a Uruguaiana
para fiscalizar obras, levei o busto, e o doei ao Clube Comercial. Não havia
melhor lugar para êle e alí ainda deve estar”. http://delcueto.blogspot.com.br/2009/04/por-onde-anda-bila-ortiz.html + http://passarelacultural.blogspot.com.br/2010/11/sessao-nostalgia_20.html
[14] No seu Diário Corona escreveu
para o ano de 1929 “Numa viagem que fiz a Cruz Alta, conheci o
turinês Pietro Giglio, dono de um café restaurante e bom cozinheiro. Eu fazia
lá as refeições e ficamos muito amigos. Modelei dele a cabeça com sua barba
nazarena num circulo como fundo. Eu dizia-lhe que estava dentro de um prato.
Ainda conservo a foto onde ao centro está a
cabeça e ele e eu aos lados”.
Jesus Maria CORONA – Um dos capiteis (1957) de uma coluna da cripta da catedral de
Vitória – Espanha - Imagem reconhecida e
autenticada por Fernando CORONA no dia 12.07.1967
1930-1939 – A década de 1930 foi fecunda para a
Arte de Fernando Corona modelando e criando obras de Arquitetura na lógica da Era Industrial . Testemunha disto e o prédio do
Clube comercial de São Gabriel RS A intensa sacudida da Revolução de
1930 que levou os sul-rio-grandenses ao poder central do Brasil exigiu novas
formas plásticas e visuais consentâneas com as formas, materiais e ideias que a
era industrial exigia. Exigências que Getúlio Vargas deixou evidente já nos
seus primeiros pronunciamentos com chefe do Estado Brasileiro
03.10.1930
– estoura a Revolução de 1930. Fernando Corona tem se carro requisitado.
Enquanto confabula com os revolucionários e apoiadores[1].
O governo Federal paga, depois, 7 contos de reis pelo carro.
1930:
membro do júri que escolheu Iolanda PEREIRA com MISS RS[2],
depois BRASIL e MUNDIAL.
12.04.1931: proclamada a República Espanhola..
21.04.1931 – Fernando Corona é nomeado
como Secretário do Registro Civil, pelo Cônsul Daniel Fernández–Shaw, do Consulado da Espanha em Porto Alegre.
1932 – Vende a
sua parte na oficina de Escultura ao seu sócio
Ghiringhelli. Fracassa a
visita à Espanha devido à desvalorização do dinheiro brasileiro. Após a
Revolução Constitucionalista Paulista viaja à São Paulo e ao Rio de Janeiro onde
desenha na Sociedade Brasileira de Belas Artes, reencontra Helios Seelinger e
modela no atelier de Humberto COZZO[3].
O empresário Gertum o convence a voltar para Porto
Alegre para projetar a sede do Banco do Brasil.
11.12.1932 – Corona integra a
presidência[4]
de uma corrida de touros no Anfiteatro
Allambra[5]
projeto por ele na praça da Redenção em Porto Alegre
1933: participa da abertura do Salão
Nacional de Belas Artes e confraterniza com os artistas[6]
1934
– Vence o concurso para CLUBE COMERCIAL de PORTO ALEGRE. Em julho no Rio de
Janeiro visita o acadêmico
Luiz Edmundo junto com Hélios Seelinger.
08.1934
– Fernando Corona conclui o projeto do prédio do Instituto de Educação Flores
da Cunha sendo assessorado pelos engenheiros Fernando de Azevedo Moura e Lanry
Conceição, Professôres Drs. Alcides Cunha, engenheiro militar, Márques Pereira,
Médico, Tupi Caldas, Professora Dona Olga Acauan. Dona Consuelo Costa e dona
Maria de Abreu Lima. Foram fiscais da obra João Batista Píanca, pela
Secretaria de Obras Públicas, Ciro Martins pela instalação sanitária e Pereira
da Costa pela eletricidade.
22.09.1935:
Abertura da Exposição do Centenário da Revolução Farroupilha sendo o prédio do
Instituto de Educação o PAVALHÃO CULTURAL do Rio Grande do Sul
24.10.1935:
inaugurada a Fonte de Talavera como presente Colônia Espanhola pelo Centenário
da Revolução Farroupilha. Corona fala pela comissão[7].
1936
– Projeta o Edifício Guaspari em Porto Alegre
04.1936
– Fernando Corona participa uma comissão de fundação uma ASSOCIAÇÃO de ARTES no
Instituto de Belas do RS[8].
06.07.1936
– Inauguração do busto de Carlos Gomes[9]
– Auditório Araújo Vianna
14.07.1936:
Estoura, no Marrocos, a revolução falangista espanhola liderada pelo generais Sanjurjo e Mola que morrem, sendo nomeado o general
Francisco Franco como generalíssimo e Caudilho.
1937: Projeta o Clube Comercial de São Gabriel[10]
e obtém o 1º lugar para o projeto do prédio do IPÊ em Porto Alegre[11]
16.10.1937 O amigo de Fernando Corona - o
interventor Antônio Flores da Cunha - renuncia ao governo do Rio Grande do Sul
diante da iminência do Estado Novo e ditadura de Getúlio Vargas
01.11.1937
– Inauguração do Edifício GUASPARI[12].
10.11.1937 – Inicia oficialmente o
ESTADO NOVO BRASILEIRO[13]. Loureiro da Silva é
indicado para a Intendência municipal e elogia o Brasil de Partido Único da
Nação
15.11.1937 Getúlio Vargas manda queimar as bandeiras
estaduais e proíbe o Hino e o Escudo do
Rio Grande do Sul.[14]
Começam os atos discricionários da ditadura do Estado Novo brasileiro
12.05.1938
Corona assina contrato com a Universidade de Porto Alegre (UPA)[15].
08.10.1938;
recebe o título de cidadania brasileira[16]
20.10.1938:
Primeira aula de Modelagem para o Curso Superior de Artes Plásticas do IBA-RS
05.01.1939 O IBA-RS é excluído da Universidade de Porto Alegre.
06.01.1939 Membro do Conselho Técnico Administrativo do
IBA-RS.
24.01.1939:
Recebe do Rio de Janeiro convite para projetar o Prédio do Palácio de Economia[17].
Aceita, pede licença à Azevedo & Gertum e ao IBA-RS. Leva, depois, a
família ao Rio de Janeiro.
.
01.09.1939:
Alemanha invade a Polônia. Começa a II Guerra Mundial.
12.1939: retorna do Rio de Janeiro trazendo a
família e o seu irmão Jesus que resgatara de um campo de concentração nazista No
Rio de Janeiro Corona havia viabilizado a vinda de obras para o Salão de Belas Artes do IBA-RS
de 1939 além do artista plástico Manuel Castro
Filho presidente Sociedade
Brasileira de Belas Artes.
[1] No seu Diário Corona registro para 1930: “Nosso ponto de encontro é o “Café Colombo”
onde os literatos e poetas comparecem diàriamente. Minha roda é frecuentada por
Paulo de Gouveia, Augusto Meier, Theodomiro Tostes, João Santana, Alberto
Panichi, Sotéro Cosme, Alhos Damasceno Ferreira, Ernani Fornani, De Sousa
Junior, Fávio de Barros, Bernardo Jamardo, Herminio Freitas, Rubem Bacellos,
etc. etc. A tardesinha, quando saio da firma Azevedo Moura & Gertum, meu
companheiro é Olyntho Sanmartin, e diariàmente nos encontramos no café com
Waler Spalding. – Estes encontros respectivos duravam muitos anos e tanto
Sanmartim como Spalding, até hoje somos íntimos amigos. – A noite, as nossas
rodas eram outras, começando com aperitivos no Bar este ou aquele, para um
encontro mais tarde no Clube dos Caçadores. Meus amigos eram Gabriel Pedro
Moacyr, Manequinho Martins, Antônio Fischer, Oscar Fuch, as vêzes os mais
jovens, Juca Chaves”
[2] Ns seu Diário Corona anotou para
o ano de 1930 “A
Comissão Julgadora estava assim formada: Moisés Velinho, escritor; Mansueto
Bernardi, poeta e diretor da Revista do Globo; Andrade Queiroz, escritor; Dr.
Costa e Silva, escritor; Oscar Boeira, pintor; Angelo Guido, pintor; Leonardo
Truda, jornalista, diretor Diario de Noticias e eu Fernando Corona, escultor”.
[4] “Grande espetáculo DE GALA”. Porto Alegre: Correio do Povo, ano 113,
Nº 231, p.16. 18.05.2008
[5] - ALCARAZ GOMES, Flávio. “Touradas
Aqui”. Porto Alegre: Correio do Povo, Ano 109, nº 163, p. 04, 11.03.2004.
[6] - Corona escreveu, no Diário
de 1933, que após o evento os artistas, presentes no Salão se reuniram no “Alhamba na Cinelandia. Guardo uma foto
esplendida daquela noite memoravel onde o grupo de artistas está, ou melhor foi formado pelos seguintes: Helios
Seelinger, Henrique Cavalheiro, Manoel Santíago, Humberto Cozzo, Renato Costa,
Porciúncula, Marques Junior, Armando Viana, Corrêa Lima, Arquimedes Memória,
Pedro Bruno, Argentino Brasil Rossani, Alvaro Almeida, Benjamin Portela,
Vicente Leite, Modestino Kanto, João Schoto, A modelo Dercina, Gargagliove,
Jordão d’Oliveira, Katerubak, Manoel Faria, Alexandre de Almeida, Fernando
Martins, J. Santos, Carlos Osvaldo, Bruno Leckopki, Cunha Melo, Roque de
Carvalho, Stepan Gal, Cádmio Fausto, Dias da Silva, Pedro Campofiorito,
Bevilagua, João de Azevedo, Aeroclito, Waldemar Cordovil, Ary Duarte, Heitor de
Pinho, Del Vechio, Rodolfo Viana, Carlos Rubens, Apricola Bettel e eu”.
[7] Coroa registro os nomes
da “Comissão Central assim constituida:
Presidentes Honorários: Dr. Juan Andriansen, Cônsul da Espanha; Francisco Raya
Diaz, Presidente da Sociedade Espanhola de Socorros Mútuos; Francisco Raya Diaz
foi o presidente que comigo construiu o Edificio Sede. Honorarios eram também
do presidentes das sociedades coirmãs do interior; Comissão Executiva:
Presidente: Francisco Garcia: Secretario Geral: Fernando Corona; Secretarios;
Isidro Vila, Manoel Salana e Antonio
Moral; Tesoureiros: José Fenoy Bonilla e Antonio Wilches; membros consultores; Alvaro
Raya Ibañez chanceler do consulado; Padres Modesto Bestué e Felipe de Atucha,
claretianos; Frei Aurélio, carmelita; Dr. Mário Alcaraz; Domingos Yze Reyes;
Leon Guerrero; Francisco Raya Ruiz; Andrés Ibañez; Manuel Brañas; Felipe
Peralba: e Ramón López. Delegados nas Minas de Butiá: Francisco Segura e nas
Minas de Arroio dos Ratos Domingo Garcia. Foram indicados delegados em Rio
Grande, Pelotas, Bagé, Livramento e Uruguaiana. A fonte foi encomendada em
TALAVERA de la REINA a Juan Ruiz de Lima”.
[8] Fernando Corona registrou no
seu diário que “pelo
mes de abril, não sei quem teve a idéia, procurou reunir uns quantos amigos com
a intensão de criar uma agremiação de artistas para o amparo e divulgação das
artes em geral. Reunidos no Instituto de Belas Artes foi nomeada uma diretoria
provisória que iria iniciar um trabalho até então esquecido. Esta comissão
estava assim constituida: Olyntho San Martin, Ovidio Chaves, Walter Spalding,
João Schuwartz, Jose Lutzenberguer Olga Pereira, Tasso Corrêa, Francisco Bellanca.
Houve novas reuniões até que foi escolhida uma Comissão para redatar o
regulamento, que foi a seguinte: Comissão de Estatutos: Angelo Guido, Francis
Pelichek, Antônio Carangi, Oscar Boeira, Francisco Belanca, Olga Pereira,
Adoffo Fest, Ernani Corrêa, Monteiro Netto, e eu, Fernando Corona”.
[9] - Folha da Tarde; Porto
Alegre de 01.07.1936
[10] Realiza em “São Gabriel o projeto do Clube Comercial. Sem pensar em estilos do
passado, tentei desnudar o superfluo. Uma vez conseguida a planta horizontal
composta de salas para restaurante, cozinhas e serviços sanitários, lancei para
o andar superior uma escadaría semi-circular ampla, a partir do grande
vestíbulo da entrada. Ainda coloquei no andar térreo, salaspara jogos, tão do
agrado do homem gaúcho. No andar superior coloquei o grande salão de festas e
mais dependencias para senhoras e senhores com pequeno bar. Durante a
construção fuí a São Gabriel tantas vezes como eram necessárias para que a
construção correspondesse bem ao projeto.
Na fachada sôbre a praça eu imaginei um baixo relevo de mais ou menos
dez metros por dois de altura. O tema era: Ao centro, um cavalo pampeiro
servindo de fundo a uma índia nua de pé no eixo dos cinco metros. Sôbre a
esquerda, quatro figuras de gaúchos com vestimenta antiga de xiripá para os
homens e saia rodada para as mulheres. A direitas, os gaúchos mais atuais com
bombacha e os últimos com traje esportivo moderno. Durante o revestimento da
fachada com pó de mármore e cimento branco, tive oportunidade de eu mesmo
exculpir o baixo relevo”.
[11] Ele registra no seu Diário
para 1937 “resolvemos concorrer a um concurso de ante-projetos para
o Instituto de Previdência do Estado. Tive como coloborador o
Engenheiro-Arquiteto Egon Waindorfer. Apresentados os trabalhos, não demorou a
classificação dos mesmos. Mais uma vez conquistamos o primeiro lugar. Mais
tarde, a pedido da diretoría do IPE, ampliamos o ante-projeto para vinte
andares, que o fiz só sem colaborador. O edificio seria construido na esquina
da Av. Borges de Medeiros com Andrade Neves. O projeto de construção se
arrastou muito tempo e nada de iniciar a obra. Chegaram a pedir um estudo para
o mesmo ao famoso arquiteto Oscar Niemeyer. Será curioso constatar o atraso
intelectual na Sesção de Obras da Prefeitura. Oscar Niemeyer fez um
ante-projeto a sua maneira genial, pois uma vez estudado pela Prefeitura, não
foi aprovado porque o Engenheiro Bozzano não achava o estilo proprio paraa Av.
Borges de Medeiros, alegando que iria desentonar das construções ao lado”.
[15] - Corona escreveu, no seu
Diário” aconteceu no dia 12
de maio de 1938. compareci à Reitoria da Universidade de Porto Alegre e assinei
o contrato de professor para as cadeiras de Modelagem e Escultura com duração
de um ano e vencimentos de um conto e duzentos mil reis. Não era nada mau, pois
com um conto e oitocentos que ganhava no Azevedo Moura & Gertum completava
uma entrada mensal de três contos de reis, na época um ordenadão. Assinou o
contrato comigo o Reitor Aurelio da Lima Py e o Secretário Geral Pery Pinto
Diniz. Foram testemunhas do ato Luis Maristany e José Lutzenberger, também
professores contratados para as Cadeiras de Anatomia e Pintura e Geometria
Descritiva e Perspectiva e sombras respectivamente”.
[16] - No Diário consta que “no dia 8 de outubro de 1938, o Ministro da
Justiça Francisco Campos assinava meu título de cidadão brasileiro. No dia 12
de outubro era registrado aqui na Secretaria de Estado da Justiça e Negócios
Interiores e a 21 de Novembro do mesmo ano no Cartorio do Registro Especial de
títulos”.
Acervo de
Ruy Miranda Falcão (1922-1978) idealizador e líder da Associação Araújo Poro Alegre aos cuidados de Ana Cecilia Falcão
1940-1949 – Os integrantes da ASSOCIAÇÃO de ARES PLÀTICAS ARUJO
PORTO-ALEGRE[1]
reunidos num jantar em Salvador na Bahia, no inicio de 1948. Fernando Corona aparece assinalado.
Na sua frente estão as escultoras e discípulas
Christina BALBÂO e Dorothea VERGARA. Para Fernando Corona foi um
dédacada de expressões voltados para os bens materiais e simbólicos da arte e
da cultura brasileira
23.08.1940:
Corona participa, como membro da Congregação e do CTA do IBA- RS, da aprovação de um regulamento para a
ordenação e legalidade da campanha dos LEGIONARIOS do IBA-RS.
26.11.1940: inauguração
do Salão do IBA-RS[2]
num armazém do cais de Porto Alegre no contexto do Bicentenário de Porto Alegre.
Fernando Corona modela a medalha[3]
para o evento. Modela o busto de Ruy Barbosa para a entrada da Faculdade de
Direito da URGS[4].
Projeta e decora interior do CINEMA VERA CRUZ[5] depois CINEMA VITÓRIA
08.02.1941-
Corona é membro do Júri do Salão de Belas Artes de Curitiba[6]
20.05.1941:
Os cursos superiores do IBA-RS são aprovados pelo Decreto Federal n° 7197,
assinado por Getúlio Vargas, com a condição de construção de novo prédio.
1941 - Fernando
Corona e Ernani Dias Correa projetam o
novo prédio para o IBA-RS[7]
1941: Os
cursos do IBA-RS passam a funcionar na Rua dos Andradas nº 1511, enquanto o prédio
antigo e demolido.
02.10.1941
Quatro professores[8]
de IBA-RS hipotecam suas residências na Caixa Econômica Federal para levantar
empréstimo para a nova construção.
23.10.1941:
assinado o contrato de construção do prédio do IBA-RS com a firma José Maria
Carvalho Ltda.
14.11.1941:
lançada a pedra fundamental do novo prédio. Os cálculos de concreto armado
foram feitos pelo engenheiro Ivo Wolff. .Corona fiscalizava, diariamente, o
andamento da obra.
24.04.1942: Eduardo Corona comunica aos pais a
sua aprovação no vestibular de Arquitetura na ENBA
01.07.1943
Corona discursa na inauguração do prédio do IBA-RS
07.1944
– Fernando Corona consegue, para o IBA-RS e a pedido de Tasso Correa , o
currículo do Curso Superior de Arquitetura[9]
da ENBA.
07.05.1944:
inicia, com o artigo “IBERÊ CAMARGO”, a publicação de crítica de Arte no
Correio do Povo[10]
26-27.01.1945:
assiste - ao lado do Filho Eduardo Corona, em São Paulo, - ao 1º Congresso
Brasileiro de Arquitetos e a inauguração de uma exposição de Arquitetura. No Teatro
Municipal de São Paulo assista ao 1º Congresso Brasileiro de Escritores e é
apresentado a Mário de Andrade[11].
03.1945:
iniciam as aulas do Curso Superior ESPECÌFICO de ARQUITETURA[12]
no IBA-RS. O filho Luís Fernando Corona foi classificado em 1º lugar no
vestibular deste Curso.
1946.
No inicio do ano letivo modela o busto de PESTALOZZI para instituição mantida
por Thiago WÜRTH em Canoas[13].
O5.1046.
Boletim da Escola Nacional de Belas do Rio de Janeiro publica matéria sobre o
IBA-RS[14]
28.09.1945:
Corona recebe a carteira nº 773 do CREA-RS com registro nº 4.493[15]
09.11.1946:
No hall do IBA-RS, inauguração do busto de Tasso Corrêa[16]
doado pelos estudantes e modelado por Fernando Corona[17]
21.12.1946 Presença de Fernando e Venuta na formatura
de Eduardo Corona realizada no prédio do Ministério da Educação e Cultura do
Rio de Janeiro tendo como paraninfo Oscar Niemeyer[18]
12.10.1947:
acompanha a Associação Francisco Lisboa em excursão para Rio Pardo[19]
31.12.1947
– 23.01.1948: Corona viaja com estudantes[20],
trabalha e expõe em Salvador na Bahia.
24.01.1948
-03,1948 viagem para as cidades
históricas de Minas Gerais. No final expõe trezentas obras em Belo Horizonte[21].
07.1948: Assiste as aulas de Maurício CRAVOTTO e de Ildefonso AROSTEGUI para os estudantes de Arquitetura e Urbanismo
do IBA[22]
24
até 27.11.1948: instalado no IBA-RS o 2º Congresso Brasileiro de Arquitetura
tendo como secretário geral Eduardo Corona[23]
1949-1950
– Vice presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil.
13.04.1949;
Formatura da primeira turma de Urbanistas do Brasil com Oscar Niemeyer como
paraninfo[24]
13.04.1949
Corona recebe Oscar Niemeyer, em sua casa, ao lado dos seus estudantes[25].
Prefeito
Mario SPERB agradece a Fernando Corona a sua contribuição para restauração do
Monumento à Imigração Alemã.
06.1949;
Corona apoia a fundação da FACULDADE DE ARQUITETURA e o filho Luís Fernando
lidera por meio da Revista ESPAÇO[26]
[2] Corona fez constar no seu
Diário: “Lá pelo mes de
Novembro foi inaugurado um grande Salão do Bicentenário da povoação de Pôrto
Alegre. Levamos mesas para o organizar. Nós precisamos chamar a atenção para a
nossa Escola ante a campanha para a construção da nova sede. Tasso Corrêa conseguiu com os poderes competentes
a ocupação de um grande armazém do Cais do Porto. A inauguração no dia 26 de
Novembro foi um exito total. A exposição contava com obras de pintura e
escultura do Rio, envio patrocinado por Castro Filho. Devo ainda ter por ai o
catalogo mas, creio ser suficiente a constatação da realização do mesmo por
ter-nos proporcionado colocar o nosso Instituto de Belas Artes a altura de
entidades congeneres do pais. O juri constava de: Ernani Corrêa, José
Lutzemberger, José Rasgado Filho, Castro Filho e eu Fernando Corona”.
[4] Para o ano de 1940 consta no
Diário de Fernando Corona “fui procurado pelo amigo Dr. José Salgado Filho, diretor da Faculdade de
Direito. Ele queria colocar na entrada da escola o Busto de Ruy Barbosa. Com
imenso prazer esculpi uma cabeça expressiva da grande figura política do
Brasil, a Águia da Haia como foi denominado. Fundido em bronze foi inaugurado
com solenidade. Recebe muitos abraços por ter conseguido um bom trabalho”.
[6] Em relação esta visita consta “tive saudades de dois amigos: do escultor João Turin e o pintor De Bona. Minha viagem coincidia com a
abertura do Salão da Sociedade Amigos de Alfredo Anderson e logo fuí convidado
para completar o júri de seleção e julgamento. A entrevista que fiz para o
“Diario da Tarde” saiu na primeira página e exagera com o título: “Ouvindo um
grande arquiteto gaúcho”. É demais e desculpavel, pois Curitiba por essa época
era uma capital de Estado bem provinciana. Fiz muitos amigos e como lembrança,
os pintores me deram quadros que guardo. Do meu album constam: Uma foto na
Exposição, (11-2-41-) com assinaturas de Romario Martins, Antonio Melillo, João
Turin, Theodoro de Bona, Guido Viaro, David Bartolomei, José Peón, João Woiski,
Arlaldo Anderson, que me deu um esboço do pai Alfredo Andersen, (Arnaldo e o
neto, o filho é Torsten), Lupion Quadros, Raimundo Jaskusbski, Osvaldo
Lopa, Erbo Stenzel, Pene Woiski,
Salvador Maria Birardi, e outros que não decifro o nome. Após o julgamento da
obra exposta no Salão, publiquei minhas impressões, salientando os trabalhos de
Alfredo Andersem em retrospectiva póstuma, do filho Thortem, de Bona, E. Lange
de Morretes, João Turin, Curt Freyesleben, Stalislau Traple (o quadro de
Andersen que seu filho Thortein me deu é seu aluno Traple pintando em
Paranaguá, Guido Viaro, (tenho dois dele) Osvaldo Lopes (o surdo) e outros
mais. Foi esta uma viagem de saudade onde os artistas plásticos de Curitiba
conviveram comigo fraternalmente. Que coisa melhor eu podería esperar? Vale a
pena ter amigos em toda parte. Sem as relações humanas a vida a vida sería uma
estupidez”..
[8] Corona descreve e nomeia “no dia dois de Outubro assinavamos na Caixa
Econômica o empréstimo de quinhentos contos de reis. Para que constasse a
legalidade da hipoteca, assinaram conosco as nossas esposas. Os fiadores
fomos: Tasso Corrêa, Enio de Freitas e
Castro, Oscar Simm e eu Fernando Corona”.
[9] Corona anotou para as férias
de julho de 1944, no Rio de Janeiro, o seu objetivo de “conseguir na Secretaria da Escola Nacional de
Belas Artes, a papelada e currículos de todas as cadeiras do Curso de
Arquitetura. Fiz a visita a Escola,
falei ao Secretario do Curso de Arquitetura e lhe expus os meus encargos a
serem propostos em Porto Alegre no IBA. Não lembro o nome dele, sei que foi
muito amável e em poucos dias estava em meu poder a papelada básica e oficial
do curso federal de arquitetura com regime de 6 anos administrado na Escola
Nacional de Belas Artes. Era diretor do curso o arquiteto Prof. Arquimedes
Memória”.
[10] O conjuto, destas criticas,
reunidas e publicadas em CORONA, Fernando
Caminhada nas artes (1940-1976)
resenha das crônicas e Arte publicadas por Fernando Corona no jornal Correio do
Povo. Porto Alegre: UFRGS-
/IEL/DAC/SEC 1977. 241p
[11] Registra no seu Diário que
assistiu “ao 1° Congresso de
Escritores que se realizava no Teatro Municipal. Conhecería o estado maior da
intelectualidade brasileira. e assim aconteceu. Ao entrarmos no Teatro
Municipal de São Paulo, subimos ao andar dos Camarotes. Num deles estava, como
sempre risonho o velho amigo Aparicio Torelly, ou Aporely ou o imortal Barão de
Itararé. La ficamos com ele no momento que falava no palco Carlos de Lacerda
seguido por Dionelio Machado. Aporely me apresentou ao grande em tudo Mário de
Andrade, sentado no camarote ao lado”
[12] - Corona anotou que “ as aulas deveriam começar no mês de março e
os primeiros professores a funcionar seriamos: eu, nas cadeiras de Modelagem e
Desenho Artístico Ernani Corrêa em Arquitetura Analítica. José Lutzenberger em
Geometria Descritiva que passaria a Ney Crisostomo da Costa para ele lecionar
Perspectiva no segundo ano; tudo era experiência. Luiz Ubatuba de Farias,
química; Frederico W.H. Grundig, Física; Ary Nunes Tietbohl, matemática; Angelo
Guido, História da Arte; Demétrio Ribeiro, Composições de Arquitetura; Ernesto
de M.M. Lassance, materiais; Max Waldemar Lubke, Economia. Mais tarde
completaria a Congregação o Arq. Edgar Groef e para a cadeira de Urbanismo
Evaldo Pereira Paiva.”
[13] - Corona comenta no seu
Diário para o ano de 1946 “ Logo
após começarem as aulas deste ano letivo, meu amigo Prof. Thiago M. Würth,
Diretor do Instituto Pestalozzi de Canoas veio falar comigo na Escola para ver
se podia fazer o busto que ele precisava, do criador do sistema educacional .
Ora, tentar esculpir o busto de João Henrique Pestalozzi era para mim um prazer
especial. Tentei fazê-lo em aula e também como prova para o alunos adiantados. As
fotos existentes de Pestalozzi são variáveis, mas em todas o grande pedagogo é
feio como um demônio, embora o sorriso prove sua alma de pureza imaculada. O
Prof. Thiago Würth tinha-me fornecido varias fotos. Explicando ao meus alunos
como era difícil fazer em escultura um retrato, pedi a Cristina Balbão para
inicia-lo. Meu interesse era o de transmitir. A Cristina fracassou. Pedi a
Dorotheia para modelar o busto. Também lutava com dificuldade para conseguir
expressão. Não sei como foi, pois o tempo corria e o trabalho se arrastava. De
repente, eu vi o que poderia ser a expressão de Pestalozzi. Nas três tentativas
anteriores, na minha, na da Cristina e na da Dorothéia, eu vi Pestalozzi no
trabalho da última. Pedí que parasse e eu intervim para terminar o busto.
Passado ao gesso chamei o Prof. Würth que o levou para ser fundido em bronze Fiz
a entrega os bustos ao Prof. Thiago Würth com poucas palavras constando com foi
esculpido. Houve mais música com o Prof. Demofilo Xavier ao piano e Zora Labin,
Perla Walther e Norberto Zuckermann, não antes de, em público, o Prof. Thiago
Würth, entregar-me a Medalha Pestalozzi, enquadrada em lindo cartão de prata.”.
–
[14] - SEELINGER Helios “Um Centro de Arte- O Instituto de Belas
Artes do Rio Grande do Sul”. Rio de Janeiro: Boletim de Belas Artes ENBA,
nº17, 05.1946, p.157
[15] Corona escreveu,
no tomo II de seu Diário, ter “recebido
CREA carteira de licenciado para poder projetar edifícios sem limite de altura.
Esta carteira de nº 773 foi registrada no CREA sob o nº 4.493 em 28 de Setembro
de 1945 e diz: Titulo de Habilitação: Projetista licenciado. Limite: Projetista
licenciado, com atribuições com estudos e projetos, de edifícios, obras de
caráter essencialmente artístico e monumental, obras com arquitetura paisagista
e de decoração arquitetônica” Assina o
Presidente do Conselho Eng. Lelis Espartel”.
[17] - Corona escreveu o sue
Diário “ No dia 9 de novembro
de 1946, em Sessão Solene realizada pelo Instituto de Belas Artes, entidade que
oferecia o busto da minha autoria sem nada cobrar pelo trabalho, o Dr. Tasso
Corrêa pediu-me para representa-lo. Na mesa tomaram lugar o Cap. Castanha,
representando o Interventor Federal Dr. Cylón Rosa, o Dr. Fischer, diretor do
serviço social de menores, representando o Dr.
Frederico Buys; o Prof. Dr. Raul Moreira, Presidente da Sociedade
Pestalozzi, o Prof. Thiago Würth e eu. Houve um concerto de 2 flautas e um
fagote pelo trio composto por Helmuth Uhr, Bruno Kiefer e Carlos Glessler”.
[18]- Corona registrou no seu
Diário a formatura de Eduardo “O
convite com uma tarja azul era da autoria dele. Havia quatro fotos: a do Reitor
da universidade Ignacio A. Amaral; a do diretor da Faculdade Eugênio Hime e a
de dois homenageados, professores Fléxa Ribeiro e Quirino Campofiorito. O
discurso foi escrito por Eduardo e aprovado pelos 29 formandos dos 50 que
começaram o curso em 42.Ouve missa especial no dia 20-12-46, às 9.30 horas no
Mosteiro de São Bento. No momento em que os formandos depositavam nos anéis
para a benção do padre beneditino, Eduardo colocou na bandeja uma moeda de
níquel, pois não tinha nem queria anel de grau. O silêncio era expressivo e
eloquente pela emoção. O padre devolveu anel por anel a cada formando e ficou
com a moeda do Eduardo. A Colação de Grau seria no dia seguinte, 21-12-46. Antes das 16 horas Venuta e eu nos acomodávamos
na primeira fila do pequeno Auditório do Ministério da Educação, primeira
experiência de edifício monumental do pais, de acordo com as teorias de Le
Corbusier. – Aberta a Sessão Solene, o Secretário leu a ata, fazendo após a chamada
nominal de cada formando vestindo roupa de linho branco. Falou pela turma um
colega que no lembro o nome. O discurso escrito pelo Eduardo era ameno e
carinhoso para os pais, era de agradecimento. Justificava a indicação de apenas
dois professores homenageados por considerarem os demais simplesmente como
cumpridores de um dever. Ao anunciar a escolha de Oscar Niemeyer Soares Filho
como Paraninfo o faziam por ele ser um profissional da arquitetura que honra o
pais com nome mundial. Foi um discurso curto mas corajoso em seu contendo e de
fé na defesa da arquitetura contemporânea do Brasil. Falou a seguir o
Paraninfo. Era a primeira vez que Oscar Niemeyer enfrentava um público. Falou
ou melhor, leu pouco, tal vez dez minutos que ninguém ouviu nem nós que estávamos
na primeira fila”.
[19] No seu Diário consta que “num desenho consta a data de 12 de Outubro de
1947 da ida à cidade do Rio Jacuí, quando um grupo da “Associação Francisco
Lisboa”, organizou uma execução a Rio Pardo. Fui com eles e andei desenhando bastante.
O que mais me chamou a atenção na antiga cidade foram as janelas de guilhotina
de uma beleza desconhecida para mim devido ao risco da parte alta. Tomei
anotações, risquei, medi e guardei para um dia escrever sobre “Janelas de Rio
Pardo”.
[20] Corona registrou no seu
Diário que “a caravana
fora dividida em duas turmas. A primeira sairia daqui e pernoitaria no Rio. No
dia 31 de dezembro de 1947, despedi-me da Venuta e da Marina, pois Luis
Fernando seguiría no dia seguinte diretamente para Salvador sob a chefia do
Prof. Ernani Corrêa. Eu chefiava a primeira composta por Ruy Miranda Falcão,
José Parreira, Luiz Eduardo Santos e Carlos Maximiliano Fayet, da Arquitetura e
Cristina Balbão, Dorotéia Vergara Pinto da Silva e Luiz Luciano Borges das
Artes Plásticas e Enilva Ribeiro da Arquitetura e o jovem Plínio Bernhardt. Da
segunda turma a sair de Porto Alegre dia 1° de janeiro de 1948, fazíam parte
Ernani Corrêa professor acompanhante, Luis Fernando Corona, meu filho, Emilio
Ripoll, Roberto Bins, e algum outro que não recordo, da Arquitetura; Vitório
Gheno, como convidado com Paulo Osório Flores e Carlos Galvão Krebs e Luis
Florêncio Braga das Artes Plásticas. Éramos em total 20 ou 22, não lembro bem”.
[21] - Corona voltou antes a Porto
Alegre deixando a turma entregue ao líder Ruy Falcão Aqui registrou “as noticias que recebíamos da turma da
“Associação Araújo Porto Alegre” eram boas. Havendo voltado a Belo Horizonte,
incrível Ruy Falcão chefiou a organização da Exposição de Trabalhos a serem
expostos ao público mineiro e como satisfação devida à fidalguia do governador
Dr. Milton Campos e ao Secretario da Educação Mário Zanetti. Soubemos que seria
composta de 300 desenhos, óleos, aquarelas e esculturas. Bahia e Minas Gerais
reunidas. As noticias e a crítica nos jornais foram boas ante aquela iniciativa
inédita no Brasil”.
[23] Corona registro que “no dia 20 de Novembro de 1948 era instalado
no Auditório Tasso Correa do IBA o 2º Congresso Brasileiro de Arquitetos do
Brasil, Eduardo era o Secretario Geral nato, determinava e mandava em tudo. Na
abertura, a presidencia da mesa estava constituida pelas seguintes
personalidades: Eng. José Batista Pereira, Secretário das Obras Públicas,
representando o Governador Walter Jobin; Eng. Hildo Meneghetti, Prefeito
Municipal; Arq. Firmino Fernandes Saldanha, Presidente do Instituto Brasileiro
de Arquitetos; Dr. Tasso Corrêa, Diretor do Instituto de Belas Artes e Arq.
Ernani Corrêa, representando o Curso de
Arquitetura e Urbanismo. A comissão executiva seria a seguinte: Presidente:
F.F. Saldanha; Vice, Eduardo Kneese de Mello; Arq. Ernani Corrêa, Tasso Corrêa
como Diretor geral; Jorge Moreira e Leo de Morais secretario da comissão.A
seguir foram indicados e aprovados os Presidentes das Comissões. 1ª Comissão:
Arq. Eduardo Kneese de Melo; 2º Comissão: Engª Carmem Portinho; 3ª Comissão,
Arq. Jorge Machado Moreira e 5ª Comissão Arq. Fernando Corona. Até o dia 27 de
Novembro não houve um momento de descanso. Os temas abordados, mastigados nas
Comissões (a minha era de Temas Livres) era debatidos no plenario na mais seria
concentização de cada um e o Congresso foi um exito onde inclusive nossos
estudantes se deram conta que a profissão de arquiteto é de um poder criador
inesgotável”
[24] Corona apontava já no final
do ano de 1948 que “este
ano terminava inclusive o Curso de Urbanismo, o primeiro a ser realizado no
Brasil. Foi obra de Tasso Corrêa, incansavel em tudo que tratasse do Instituto.
Terminavam o Curso de Urbanismo, apenas três candidatos com estudos de extensão
engenheiros Civis Nelly P. Martins, Sergio Corrêa e o Engenheiro Eletro
Mecânico Francisco Riopardense de Macedo. Haviam escolhido para paraninfá-los o
Arquiteto Oscar Niemeyer, que se encontrava em São Paulo. Como este arquiteto
não viajava de avião, respondeu ao convite que viría em oportuna ocasião, não
marcando data. Com certeza, até o fim de 1948, Oscar Niemeyer não veio, e a
turma, e todos nós, esperamos por ele até sua determinação de vir”.
[25] Corona registrou no 2º
volume, fl. 009 II, do seu Diário” convidei Oscar Niemeyer para um bate-papo, ou como dizem, uma mesa
redonda onde estariam os academicos de arquitetura e meus filhos. O local sería
na minha casa à rua Dr. Timoteo. Guardo uma foto do encontro, duas, aliás. Uma
no jardim na frente da casa, outra, ele sentado no meu gabinete onde aparece o
busto de meu pai. Oscar Niemeyer disse uma vez dirigindo-se à mocidade que aquí o cercava: “Sejam idealistas. É preciso apertar a cinta e trabalhar bem. O dinheiro
é um acidente que virá depois. Só assim se pode fazer boa arquitetura”.Com
essas palavras de Oscar à mocidade, parece repetir às minhas quando afirmo: “O
dinheiro é um acidente do caminho”. Primeiro, a consolidação profissional
criando um nome honrado e competente. Deixar o barco navegar. Trabalhar com
amor e esperar que o barco chegue a porto seguro. Não colocar o dinheiro na
frente, pois ele deve ser consequência e não a essência da ambição”.
[26] No seu Diário II (fl.
016 II) Fernando escreveu: ”Os estudantes
de arquitetura fundaram a revista “Espaço” que meu filho Luis Fernando fazía de
tudo. A direção estava a cargo de Carlos M. Fayet, Enilda Ribeiro, Nelson
Souza, Jorge Sirito de Vives e Luis Fernando Corona, sempre, por sua tímidez, o
último mas o que mais se destacava na paginação e desenhos auxiliares da
revista. Saíram apenas três números. O último de Junho de 1949, transcreve as
Finalidades de 2º Congresso de Arquitetos com cliché onde me encontro com meu
filho Eduardo, Evaldo Paiva, Eduardo Kusen de Mello, Elio Uchoa, Luis Ubatuba
de Farias e outros. Traz um belo retrato de Oscar Niemeyer e um belo artigo de
Lúcio Costa. Uma escultura de Leda Flores e sua xilogravura de Danubio
Gonçalves.A belissima capa dupla é um desenho de humor arquitetônico, em
negativo do engenheiro civil e acadêmico de arquitetura Mário Corrêa onde diz:
“Mui leal e valerosa cidade “sorriso” amarelo”.
Pena que a revista não continuou, pois foi com ela que o Prof. Edgar
Kreff iniciou a campanha para a fundação da Faculdade de Arquitetura. Publicou
planfletos arengando à juventude aos professores a pressionar o Ministerio da
Educação com o amparo do Senador Salgado Filho, que, com a Federalização do IBA
e da Universidade nasceu a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo com o nosso
padrão federal ao qual teve que adatar-se o curso de arquitetura da Escola de
Engenharia, por obsoleto. Não fosse o professor Eugênio Steinoff, vindo dos
Estados Unidos por contrato, na Engenharia não havia nenhum professor arquiteto”.
CORONA e CARRICONDE – Um dos dois baixos-relevos
(1957) para Condomínio TANNHAUSER Praça Rui Barbosa, nº
220 - POA-RS- foto de 28.03.2014
1950-1959 – Nesta década intensificam-se as interações de Fernando
CORONA com os seus estudantes. Para tanto os introduz no mundo do trabalho das
artes visuais interagindo com a Arquitetura e o meio urbano . Foi o caso da encomenda que o professor Fernando Corona e Cláudio
Carriconde (1934-1981) receberam para um par de baixos relevos para entrada de um condomínio comercial no centro de Porto Alegre. Carricondi foi
orientado deste o contrato até a entrega. Os originais constam do acervo do
IA-UFRGS
1950-
modela os bustos de Ruy Barbosa[1]
e do Desembargador André da Rocha para a Faculdade de Direito da UFRGS
.
22.08.1950:
Corona participa do 1º Congresso Brasileiro de Folclore no Rio de Janeiro[2]
como membro da Subcomissão de Folclore da UNESCO, entre os ano de 1948-1952.
20.12.1950:
formatura de Luís Fernando Corona no Curso Superior de Arquitetura[3]
30.06.1951:
em São Paulo Fernando Corona visita o filho Eduardo já casado. Conhece os
Museus de Assis Chateaubriand e de Cecilo Matarazzo. Vai ao atelier e Bruno Giorgi
onde conhece as obras que ele irá apresentar na 1ª Bienal de São Paulo.
1951:
Estimula a sua estudante, Sônia EBLING, a enviar as suas obras na 1ª Bienal de
São Paulo.
1951
– Corona projeta a duplicação do prédio do IBA-RS de 1943[4]
Projeta,
junto com o filho Luiz Fernando, a
Fábrica MASI de Porto Alegre = sabonetes marca: Bouquet de Orquídeas, Lavanda Alpina, 4 Estações,
Senador, Moiré, Lar, Vera, Pedra Chauffer.
1951:
ao longo do segundo semestre trata com uma turma de formando do IBA-RS uma
viagem de estudos para a Europa. Começa as tratativas com Romeu PIANCA para o
projeto e a construção de Edifício Jaguaribe na Av. Salgado Filho. Envolve o
filho Luís Fernando Corona para fazer parte e continuar este projeto na sua
ausência. Obtém a licença do IBA-RS e a autorização do MEC para o afastamento
no primeiro semestre de 1952
29.01.1952
– Fernando e Venuta e os dez estudantes
estão a bordo do transatlântico Yapeyú
para iniciar a viagem para Europa com permanência prolongada de Corona e
Venuta na Espanha na casa dos seus parentes. Passam por Lisboa e Madrid
28.02-18.03.1952:
em Paris onde visitam os pontos turísticos e culturais.
06.03,1952
- numa 4ª feira - visitam o escritório
de Le Corbusier e que os recebe pessoalmente. Deixa a turma de Porto Alegre em
Paris e vai para a Itália com Venuta
28.03-06.04.1952
- em Florença visitam Sotero Cosme e as suas pinturas que ele realiza na Itália.
30.04.1952
em Madrid na casa da mãe de Lá percorre a Espanha.
23.06
– 21.07.1952 em Santander dali vai a Polanco e visita a gruta de Altamira.
26.07.1952
inicia o retorno de Madri a Porto Alegre, onde chega, de avião, em 29.07.1952[5].
01.08.1952
Fernando Corona é preterido no cargo para a Faculdade de Arquitetura da URGS[6]
20.08.1952
Fernando Corona é homenageado pelos Professores do IBA-RS pelo seu retorno[7],
1953;
Modela a cabeça do “INCA” que funde em Caxias e vende ao MARGS[8]
1954.
Modela e funde a estátua a “BATUQUEIRA” na mesma técnica do INCA. É banca no concurso de cátedra de quatro
disciplinas na Escola de Belas Artes, de Salvador,.
1956
- Viagem de estudos para a Bolívia e o Peru
1956
Escultura “SÃO FRANCISCO”[9]
medalha de ouro no 6º Salão do Belas
Artes-RS[10].
06.02.1957
Fernando Corona visita Curitiba e concede entrevista[11]
1957 - Baixo relevo para o Condomínio TANNHAUSER
Praça Rui Barbosa, nº 220 - POA-RS.
1958: Corona modela o busto de Picasso[12]
exposto no ‘1º Salão PANAMERICANO.
Modela o busto de Liberato Vieira da Cunha para monumento em Cachoeira
do Sul
[1] Oficio nº 79/60 25.04.1950:
do IBA-RS registra ofício nº 3.659 do Reitor da URGS agradecendo Fenado Corona pelo busto de Ruy Barbosa para
a Faculdade de Direito
[2] Na fl. 028 do volume II de
seu Diário Corona anotou “estando em
Aguas da Prata recebí uma carta, com data de janeiro do meu amigo Dante de
Laytano pedindo-me que escrevesse algum tema sobre folclore no Rio Grande do
Sul, pois pelo mês de agosto seria realizado no Rio o 1° Congresso Brasileiro
de Folclore e era bom cada um levar algum recado. Ora, em conheço todo o Estado
e nunca ví no meu ramo, que o gaúcho do povo se dedicasse a pintar ou esculpir
alguma coisa. Havia folclore em música, desafios expontâneos e gaita de foles
ou sanfona, tal vez renda e acolchoados ou mantas de Mostardas, mas pintura ou
escultura nada. Havia cavalhadas e outras coisas para outros companheiros da
Comissão Gaúcha.No mês de agosto, ja em Porto Alegre, Dante falou comigo e me
disse que iriamos ao Rio em avião militar. E assim aconteceu. Fomos
companheiros Aldo Obino, Enio Freitas e Castro e eu. Hospedamos-nos no Hotel
Embaixador. Eu levei uns quadros de José de Francesco que me pareceram ótimos
como única prova de folcloreem pintura no nosso meio sulino. La conhecí gente
de alto valor nacional em temas a serem debatidos no Congresso. Dante de
Laytano fazía parte da Comissão Nacional com o Presidente, grande figura de
fidalgo inesquecivel. Mas um homem chamou minha atensão pelo saber, Câmara
Cascudo, do norte, de uma simpatia contagiante e de dum saber superior. Lá
estava secretariando o Congressso a grande poetisa Cecilia Meirelles, que mais
tarde, em sua casa acolhedora das Laranjeira haveria de me dar autografado num
livro por ela traduzido. Era de Rainer Maria Rilke com sua “Canção de Amor e de
morte do Porta Estandarte Cristovão Rilke” que ainda guardo com carinho. Ao
escrever sinto não lembrar outros amigos que fiz nesse Congresso. Abelard
Barreto ficou muito meu amigo e gostou de um quadro de De Francesco e o levou.
Também dei uma “Ciranda” a Cecília Meirelles”.
[3] Corona escreveu na fl025 do
seu II tomo do Diário: “a
turma se reunia e de comum acordo com o Diretor da Escola, ficou marcado o dia
20 de dezembro de 1950 para a colação de grau. Escolheram como Paraninfo, o
fundador do Curso e Diretor do IBA Dr. Tardo Bolívar Dias Corrêa. Como
Homenageado de Honra indicaram o prof. Arq. Demétrio Ribeiro e como Homenagem
Especial o Arquiteto e Urbanista uruguaio Mauricio Cravoto. Os professores
homenageados foram: Adalberto R. de Carvalho; Angelo Guido; Ary Nunes Tietbohl;
Evaldo Pereira Paiva; Ernani Dias Corrêa; Ernesto de M. Lassance; Fernando
Corona; Fernando de Azevedo Moura; Frederico W.H. Grundig; José Lutzenberger,
Max Waldemar Lubke e Ney Chrisóstomo da Costa. Homenagem Póstuma: Senador
Joaquim Pedro Salgado Filho. Os formandos eram vinte: digo dezenove: Antônio
Magadan Charles René Hugand; Cláudio
Dytz; Dirceu Berclaz; Emilio Mabilde de Ripoll, orador da turma; Enilda
Ribeiro; Fernando P. Lunardi; Flávio Tarquínio Pufal; Gino W. Panciera; Jayme
Luna dos Santos; J. Amaury Koebe; João B. dos Santos Fº; Luis Fernando Corona;
Luiz L. Gaertner; Moacyr Zamora; Paulo Vallandro; Tasso Olympio Pufal; Eng.
Civil Alfredo Leboute e Eng. Civil Mário Corrêa”.
[5] As crônicas da viagem de
Corona à Espanha e Europa - no primeiro de semestre de 1952 - o Correio do Povo
as publicou no dia 10 de agosto “Uma tarde em Paris”. No dia 22 “Domingo de
Páscoa em Roma”. No dia 18, “Em Córdova, com Zurito”. No dia 29 “Van Gogh, em
Milão”; no dia 9 de novembro “Gaúchos em Pistoia”; no dia 19 de novembro
“Albaicin”; no dia 23 de Novembro “Alhambra de Granada”; no dia 7 de dezembro,
“Ruinas de Roma”; no dia 24 de dezembro”, O Cristo de Salvador Dalí” no dia 29
de dezembro “Le Corbusier”; no dia 28 de dezembro “Carta de Atenas”.
[6] No volume II
fl. 214 do seu Diário Corona anotou
“iniciadas as aulas, tratei de ver na Reitoria sobre o meu cargo de Professor
das cadeiras de Modelagem e Desenho Artístico na Faculdade de Arquitetura recém
fundada com a fusão do Curso de Arquitetura do Instituto de Belas Artes e o da
Escola de Engenharia. Este deveria se adaptar ao currículo do nosso Curso que
era de padrão federal. Antes de viajar,
deixei com o Prof. Angelo Guido, uma procuração parque assinasse por mim o
contrato a ser feito. Ele assinou o dele para a cadeira de “História da Arte” e
deixou de assinar o meu alegando que eu estava para chegar. Intrigas de
interessados conseguiram o que queriam e eu fui preterido, apesar de haver sido
o fundador das cadeiras e ter direito legal para ocupar o cargo. Notando as
dificuldades, fui falar com o Reitor Elyseu Paglioli. Nada me garantiu e
noteique havia areia em meus direitos. Como nunca tive ambições e achando
que as minhas cadeiras de Escultura e
Modelagem do IBA me iriam tomar o tempo, resolvi fazer tempo integral ou
dedicação exclusiva, dedicando-me aos alunos com mais empenho que nunca. E
assim o fiz”
[8] A única obra do ano de 1953 que “pelo meu arquivo de fotos de meus poucos
trabalhos de escultura encontro a “Cabeça de Inca” modelada em 1953. Só em 54
eu iria a Caxias do Sul para pode-la passar ao metal dourado que eu queria.
Mais tarde seria comprada por trinta contos de reis pelo Museu de Artes do
Estado”.
[10] - GASTAL, Paulo “7º Salão Oficial de Belas Artes”- Porto Alegre: Folha da Tarde,
14.11.1956.
[11] - “Arquiteto e Escultor Gaúcho encantado com Curitiba”- Curitiba: Estado do Paraná. 06.02.1957
Acervo de fotografis da professor Christin BALBÃO
cedida ao autor na época da pesquisa da tese Origebns do IBA-RS
1960-1969 – Fernando Corona acompanhou
a luta da ESCOLA de ARTES do INSTITUTO de BELAS do Rio Grande do Sul desde a sua origem. Era um grupo de uma dúzia
de estudantes e dois professores distribuídos para este pequeno grupo. No
momento de se aposentar se grupo de estudantes e de docentes era um grupo denso
e qualificado de um autêntico CURSO SUPERIOR ao nível dos melhores congêneres
nacionais e internacionais.. Sob a orientação e o trabalho de Fernando Corona o Congresso
Nacional brasileiro reconheceu este
esforço pela
Lei Federal nº 4.159 de 30.11.1962[1]
1962 – Viagem de Corona para Cuba com o objetivo de
orientar monumentos públicos[2]
02.09.1961 até 01.01.1963 - Regime Parlamentarista
no Brasil[3]
15.03.1962 O IBA-RS designa Fernando Corona, pelo
oficio nª147/62, para integrar a Comissão do Concurso Público do anteprojeto do
“Monumento aos Açorianos” da
Prefeitura de Porto Alegre.
06
até 20.08.1962 – No meio de Regime Parlamentarista Corona e Luís Carlos Pinto
Maciel, em Brasília[4]
para federalizar o IBA-RS e incluir na
UFRGS pela Lei Federal nº 4.159 de 30.11.1962[5]
15.11.1962: inauguração do monumento a Frederico Chopin[6]
modelado por Fernando Corona
09.1964: Luís Fernando CORONA é expurgado da UFRGS
na “Operação Limpeza”[7]
21.06.1965. Fernando Corona eleito Vice Diretor do
IBA-RS sendo diretora Aurora Eboli Desiderio[8]
06.07-04.08.1965 – Modela o busto do Reitor Eliseu
PAGLIOLI[9]
17-27.08.1965: em Salvador participa da banca de
docentes para a Faculdade de Arquitetura[10]
15.10.1965: faz testamento e pede para ser cremado
e cinzas lançadas sobre Porto Alegre[11]
25.11.1965:
aposentadoria compulsória ao completar 70 anos
1966
– Orienta cinco antigos estudantes seus, no projeto de esculturas, não
figurativas, para o espaço publico de Porto Alegre
12.07.1967:
identifica e fotografa obra do seu pai na cripta da catedral de Vitória Espanha
[2] VIAGEM a CUBA – 1962 notas
de viagem 199 Folhas de linhas simples em caderno espiral: 210 mm X 149 mm.
Original de propriedade dos descendentes da família Fernando Corona
[3] Breve período PALAMENTARISTA
[4] COISAS MINHAS: 1962 – 1965
Brasília e outros alpistes 06.08. 1962
- 26.11.1965.- 85 Folhas sem linhas caderno simples: 210 mm X 149 mm. Original de propriedade
dos descendentes da família Fernando Corona
[5] Correio do Povo em 30.11.1962
[8] - COISAS
MINHAS: 1962 - 1965 Brasília e outros alpistes 06.08. 1962 -
26.11.1965.- fl nº 53 até 61 de 85 folhas
sem linhas caderno simples: 210 mm X 149
mm. Original de propriedade dos descendentes da família Fernando Corona
[9] COISAS
MINHAS: 1962 - 1965 - Brasília e outros alpistes 06.08. 1962 -
26.11.1965.- fl nº 50 de 85 folhas sem linhas caderno simples:
210 mm X 149 mm. Original de propriedade dos descendentes da família
Fernando Corona
[10] COISAS
MINHAS: 1962 - 1965 Brasília e outros alpistes 06.08. 1962 -
26.11.1965.- fl nº64 até 79 de 85
folhas sem linhas caderno simples: 210 mm X 149 mm. Original de propriedade
dos descendentes da família Fernando Corona
[11] COISAS MINHAS: 1962 - 1965
Brasília e outros alpistes 06.08.
1962 -
26.11.1965.- fl nº 81 de 85 folhas sem linhas caderno simples: 210 mm X 149 mm. Original de propriedade
dos descendentes da família Fernando Corona
Fernando CORONA – Igreja Nossa Senhora do LIBANO[1] Porto Alegre
1970-1979 – A imagem de VENUTA ROSSI foi a derradeira obra pública
monumental de Fernando Corona. Modelada em pleno inverno de 1973 - na fachada da
Igreja Nossa Senhora do Líbano de Porto Alegre - não foi só uma homenagem à sua
esposa Venuta - falecida no ano anterior - como foi uma resposta aos pedidos
dos seus ex-alunos. Especialmente do seu ex-aluno arquiteto da igreja Emil
Achutti BERED[2] que havia sido seu estudante de Maquete ne Modelagem na
turma de Arquitetura o do IBA-RS
05.03.1970: Luiz Carlos PINTO
MACIEL[3]
nomeado Diretor do IA-UFRGS.
13.06.1972:
Eduardo Corona lança o Dicionário da Arquitetura Brasileira, junto com Carlos
LEMOS[4]
17.09.1972:
Fernando Corona publica matéria relativa às ESCOLINHAS de ARTE no Correio do
Povo[5]
28.12.1972
– Falece VENUTA ROSSI CORONA.
12.05.1973-
Publica artigo no Correio do Povo explica e defendendo o memorial do Monumento
aos Açorianos de Carlos Tenius.
01.07.1973:
trabalha a imagem de Nossa Senhor do
Líbano - no inverno e no alto dos andaimes[6]
-.
24.09.1975
– Entrevista com Fernando Corona relativo ao titulo de Professor Emérito[7]
25.09.1975 – Recebe o título de Professor Emérito
da UFRGS junto com Tasso Corrêa[8]
22.06.1979:
FERNANDO CORONA falece
em Porto Alegre
[4] Corona escreveu no 2º volume
dos seu Diário: “com
data de 1972, a Editora Edart, lançaria o “Dicionário da Arquitetura Brasileira
em 1ª edição, da autoria dos arquitetos Eduardo Corona e Carlos Lemos.Eu recebí
um dos primeiros exemplares que sairam do prelo oferecido pelo editor e me diz
em seu atografo: “Ao Fabricante de um produto de alto gabarito como seu filho.
Tenho o prazer de oferecer com carinho a alma de seu filho, Washinghon Helon. O Dicionário e dedicado à Memoria de
Rodrigo Mello Franco de Andrade. A Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, e a mim em
manuscrito que diz: “e também, aos meus queridos pais, com todo amor, aí vai o
resultado de quinze anos de esforço e trabalho do filho Eduardo. S.P. 13.6.72”.
CORONA, Eduardo e LEMOS Carlos - Dicionário da Arquitetura Brasileira -
São Paulo: ADART 1972, 472 p
[5] - CORONA, Fernando “Escolinhas de Arte: Sonho, Esperança, Amor” - Porto Alegre: Correio
do Povo, 17.12.1972.
[6] “A VOLTA do ESCULTOR” – Porto
Alegre: Correio do Povo - 01 de julho de
1973
[7] “Arte não se improvisa, tem que ser sedimentada” Poro Alegre: Folha
da Tarde, 24.09.1975 p.38
[8] - Fernando Corona foi
convidado pela Reitoria da UFRGS - após
dez nos Jubilado- para receber, no dia
25 de setembro de 1975, o Título de Professor Emérito ao lado de Tasso Bolívar
Dias Corrêa. A tramitação havia sido aprovada, no Conselho Universitário, no
dia 05 de junho de 1975, pelos pareceres favoráveis de nº 27/75 e 28/75.
[Clique sobre o gráfico para poder ler]
CRONOLIGIA
dos ESTUDANTES de ESCULTURA de
FERNANDO CORONA entre os anos 1938 até 1965
Listagem de alunos de
Fernando Corona da disciplina de ESCULTURA entre os anos de 1938 até
1965. Esse alunos eram recrutados durante a disciplina de MODELAGEM que
se constituía num espécie de Curso Básico de introdução obrigatória para todos
os estudantes do primeiro e do segundo anos do Curso de Artes Plásticas
compreendendo os trinta alunos admitidos. Já a escultura era oferecida apenas
para cinco ou seis estudantes.
Os dados são retirados dos dois arquivos
do professor Fernando Corona que estão
no ARQUIVO GERAL do Instituto de
Artes da UFRGS. O Volume I abrange os
anos de 1938 até 1956 contendo 332 fotos. O volume II abrange 1965 até 1965 recebendo
contribuições do se autor até 1970.
Álbuns organizados por
Fernando Corona em junho de 1963.
1938
Cristina
BALBÃO
Vera
WILTGEN
1939
Cristina
BALBÃO
Vera
WILTGEN
1940
Cristina
BALBÃO
Vera
WILDNER
1941
Cristina
BALBÃO
1942
Christina
Helfensteller Balbão[2]
Laura
Borges
1943
1944
1945
Dorothea
PINTO da SILVA[4]
Teresa
Corrêa Gomes
1946
Dorothea
PINTO da SILVA
Teresa
Corrêa Gomes
1947
Francisca
MACIEL DE LIMA
Marila
Dorothea
PINTO da SILVA
Leda
MARINHO FLORES
1948
Francisca
MACIEL DE LIMA
Marila
1949
Francisca
MACIEL DE LIMA
Marila
1950
1951
Sônia
EBLING?
1952 Assistente
Cristina BALBÃO substitui o prof. CORONA em viaja a EUROPA
Lucienne
SIBOUR CESAR
Rosinha
T.S. DE OLIVEIRA
Vanetti
DANI
Margarida
REIFF
Amazília
Ada
Ely
Norma
Doroty
Zilá
Marigada
REIFF
Rosinha
T.S. DE OLIVEIRA
Teresinha
Maria SIQUEIRA
Lucienne
SIBOUR CESAR
Vanetti
DANI
1954
Alice
LOFORTE
Neusa
MATTOS
Emilse
Teresinha
Ada ROSA
Amazília
Ely
Norma
Doroty
Zilá
Lucienne
SIBOUR CESAR
Margarida
CORRÊA REIFF
Rosa T.
Stringuini. De OLIVEIRA
Teresinha
Maria SIQUEIRA
Vanetti
DANI
1955 Lucienne SIBOUR CESTA ASSISTENTE
Alice
SERRES RODRIGUES
Maria de
Lourdes DUARTE
Sara GARBER
Alice LOFORTE
GONÇALVES
Emilce
Teresinha F. de SOUZA
Neusa
MATTOS
Ada Rosa
AQUINO FROTA
Norma
Doroty SCHNEIDER
Zilä
PEIXOTO MADEIRA
Lêda
FLORES: curso de extensão
Emilse Teresinha tranferiu-se para a ENBA
1956
Lucienne SIBOUR CESAR [ASSISTENTE]
Cláudio
CARRICONDE
Dione Maria
GRECA
Geci Helena
FEOLI
Hermínia
Maria GUERRA
Zorávia
BETTIOL
Alice S.
RODRIGUES
Maria de
Lourdes DUARTE
Sara GARBER
Alice
LOFORTE GONÇALVES
Neusa
MATTOS
Leda
FLORES: curso de extensão
Modelo
IOLANDA
1957 SEXTAS e SABADOS Assistente LUCIENNE
Ana Dulce
PITHAN
Jofre Lessa
SOARES
Rosmarie
BABNIGG
Teresinha
Y. MOTTA
Dione Maria
GRECA
Claudio C.
CARRICONDE
Geci Helena
FEOLI
Hermínia
Maria GUERRA
Alice
Serres RODRIGUES
Maria de
Lourdes DUARTE ALCALDE
Sara GARBER
Leda FLORES[8]:
curso de extensão
1958 sem ASSISTENTE
Negajaba
CERONI
Marlene
MARTINS
Teresa A.D.
PEIXOTO
Ana Dulce PITHAN
Rosemarie BABNIGG
Dione M. GRECA
Geci H.
FEOLI
Leda FLORES[11]:
Curso D. Extensão
1959 sem
ASSISTENTE
Claudio
MARTINS COSTA
Alber Igacy DLUZNIEWSKI
Maria José
CARDOSO SILVEIRA
Negajaba
CERONI
Marlene
Thereza A.
I. D. PEIXOTO
Ana Dulce
1960 sem
ASSISTENTE
Maria de
Lourdes SANCHEZ
Maria
Regina M. GAGEIRO
Rosa Amélia
ALTHOF
Albert Ignacy DLUZNIEWSKI
Amazília
RUNJAIC
Cláudio
Afonso de ALMEIDA MARTINS COSTA
Maria José
CARDOSO SILVEIRA NETO
Mariene
Maria MARTINS
Negajaba
CERONI
Rosemarie
BABNICC
Tereza A.
I. D. PEIXOTO
Alice DOS
SANTOS JACOBS: aluna livre – desistiu logo
1961 sem
ASSISTENTE
Ieda Dutra
CASTRO JOBIM
Luiz Carlos
PINTO MACIEL
Teresinha
de Jesus TONETTI da FONSECA
Maria José CARDOSO SILVEIRA Nt
Maria de
Lourdes SANCHEZ
Maria Regina MELECHI GAGEIRO
Rosa Amëlia ALTHOFF
Albert Ignacy DLUZNIEWSKI
Amazília
RUNJAIC
Cláudio
MARTIS COSTA
1962 sem
ASSISTENTE
Carlos
Gustavo TENIUS
Elsa Maria CAMERINI FERREIRA
Rosa Maria
VARGAS LASSANCE
Niura ARNT
Solange
COUTO UFLACKER
Vera Sonia
HAUT
Luiz Carlos
PINTO MACIEL
Teresinha de Jesus TONETTI da FONSECA
Maria Regina MELLECHI GAGEIRO
Rosa Amélia ALTHOFF (BELA)
1963 ROSA AMÉLIA ALTHOFF Instrutora-Assistente[12]
Ailson
Décio MENEGHETTI
Alberí
SANTOS RODRIGUES
Luís
Fernando VOGES BATH
Luiz
Fran.co LUCENA BORGES
Norma
Elaine da SILVA LUCH
Elisabeth
WEINGÄRTNER
Carlos
Gustavo TENIUS
Elsa Maria CAMERINI FERREIRA
Rosa Maria VARGAS LASSANCE
Niura ARNT FERNANDEZ
Solange COUTO UFLACKER
Vera Sônia HAUTE
Luís
Carlos PINTO MACIEL
Teresinha
de Jesus TONNETTI FONSECA
1964
Assistente: ROSA AMÉLIA ALTHOFF
Giuliana
KNOLLER
Gilberto
Thomé PEGORARO
Glaé Eva
MACALÓS
Luis
GONZAGA m. GOMES
Maria Leci
GLÜER
Alberto
SANTOS RODRIGUES
Ailson
Décio MENEGUETTI
Elisabeth
WEINGÄRTNER
Luis
Fernando VOGES BARTH[14]
Luis
Francisco LUCENA BORGES
Carlos
Gustavo TENIUS[15]
Elsa Maria
C. HERRERA
Rosa Maria
V. LASSANCE
Solange
Couto UFLACKER
Vera Sonia
HAUFF
1965 [16] Desde setembro Carlos Tenius colaborador de ensino
Giuliana
KNOLLER
Gilberto
Tomé PEGORARO[17]
Glaé Eva
MACALÓS
Luís
GONZAGA M. GOMES[19]
Luís
Francisco LUCENA BORGES
Maria Leci
GLÜER
Alison Décio
MENEGHETTI
Elisabeth WEINGÄRTNER ‘Beth’
Luis
Fernando VOGES BARTH[20]
5.5
- FONTES BIBLIOGRÁFICAS RELATIVAS à PRESENTE NARRATIVA.
ALVES de Almeida,
José Francisco (1964). A Escultura
pública de Porto Alegre – História, contexto e significado – Porto
Alegre : Artfólio, 2004 246 p.
BECKER, D. João. A Cathedral Metropolitana de
Porto Alegre. Sétima Carta Pastoral.
Porto Alegre : Selbach, 1919. 73p
BELLOMO, Harry
Rodrigues (Org). «A produção da estatuária funerária em Porto Alegre» in Rio Grande do Sul: aspectos da cultura.
Porto Alegre: Martins Livreiro,
1994. pp. 63/91.
BITTENCOURT, Gean Maria. A
Missão Artística Francesa de 1816. (2a ed) Petrópolis: Museu da Armas Ferreira da Cunha,
1967, 147p.
CANEZ, Anna Paula. Fernando
Corona e os caminhos da arquitetura moderna
de Porto Alegre. Porto Alegre : Faculdades Integradas do Instituto
Ritter dos Reis, 1998 209 p. ilust.
CORONA, Eduardo e LEMOS Carlos Dicionário da
Arquitetura Brasileira _ São Paulo: ADART 1972, 472 p
DOBERSTEIN, Arnoldo
Walter. Porto Alegre (1898-1920):
estatuária fachadista e monumental,
ideologia e sociedade. Porto Alegre: PUC-IFCH, 1988, 208 f. Dissert.
____. Porto
Alegre 1900-1920: estatuária e ideologia. Porto Alegre: Secretaria
Municipal de Cultura, 1992. 102p
____. Rio
Grande do Sul (1920-1940): estatuária, catolicismo e gauchismo. Porto
Alegre: PUC-Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 1999. 377f.
FRANCESCO, José de. Reminiscências
de um artista. Porto Alegre; s/editora. 1961.
GODOY WEISZ, Suely de , «Rodolfo Bernardelli: um perfil do homem e do
artista segundo a visão de seus
contemporâneos» in 180 anos de Escola
de Belas Artes. Anais do Seminário
EBA 180. Rio de Janeiro: UFRJ, 1997. pp.
233/258.
MARANGONI, Matteo Aprenda a ver: como se contempla uma obra de arte, São Paulo:
instituto Progresso Editorial, 1949, 231
p. (Coleção Minerva)
MONNIER, Gérard. L’art et ses institutions en France: de
la Révolution à nos jours. Paris:
Gallimard-Folio-histoire, 1995. 462p.
MONTEIRO,
Charles. Porto Alegre: urbanização e modernidade: a construção social
do espaço urbano. Porto Alegre :
EDIPUCRS, 1995. 153 p.
MONTEIRO,
Maria Isabel Oswald. Carlos Oswald
(1882-1971): pintor da luz e dos
Reflexos. Rio de Janeiro: Casa Jorge, 2000. 229 p.
PEVSNER, Nikolaus. Las academias de arte: pasado y presente. Madrid
: Cátedra. 1982. 252p. – (edição brasileira - Academias de Arte: passado e presente. São Paulo, Companhia das Letras, 2005).
SEELINGER, Helios
(1878-1965) “Um Centro de Arte- O
Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul”. Rio de Janeiro: Boletim de
Belas Artes ENBA, nº17, 05.1946,
p.157
SIMON, Círio. Conceito
pedagógicos de Fernando Corona (1895-1979) in Artes plásticas no Rio Grande do Sul: pesquisas recentes – Porto
Alegre: Ed. UFRGS, 1995, pp.63-83
TAYLOR , Frederick Winslow (1856-1915). Princípios de
administração científica. 7a
. ed. São Paulo : Atlas, 1980, 134 p.
VACCANNI,
Celita. Escultura contemporânea
norte-americana: pesquisa didática sobre métodos de ensino. Rio de Janeiro:
ENBA, 1955, 151 p.
WEBER,
Max. Sobre a universidade. São
Paulo: Cortez, 1989. 152 p.
5.6 - FONTES
NUMÉRICAS DIGITAIS RELATIVAS à PRESENTE NARRATIVA
Fernando Corona
Fernando Corona e os espanhóis no Sul
do Brasil em
Obras do espanhol FERNANDO CORONA como agente ativo
e identificado positivamente com a cultura do Rio Grande do Sul.
Continuação e
complemento de Artes Visuais sul-rio-grandenses
FERNANDO CORONA - CAMINHADA NAS
ARTES –
[7] O numero de estudantes aumentou devido a
mudança para o 2º bloco do prédio do IBA-RS construído em 1952 – A antiga sala
de Escultura ficou para o Centro Acadêmico Tasso Corrêa
[12] ‘Bella’
recebe 1º vencimento em 7/6/1963
[14] Luiz Fernando VOGES BARTH (1941-2017)
[16] Em
1965 não houve matrícula para a IIª Série devido à nova seriação de um curso de
cinco anos ( em que a escultura) deverá
ser iniciada na IIIª Série Fernando Corona se aposenta em 26/11/1965 dia em que
completou 70 anos
Postagens
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1 - ICONOGRAFIA SUL-RIO-GRANDENSE. Obras de FERNANDO CORONA como
agente ativo e identificado positivamente com a cultura do Rio Grande do Sul.
2
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4 - FERNANDO CORONA – ESCULTOR
5 - FERNANDO CORONA - ARQUITETO
6 - FERNANDO CORONA - PROFESSOR
7 - FERNANDO CORONA - MEMÓRIA
8 - FERNANDO CORONA - CRONOLOGIA
9 - FERNANDO CORONA - SUMÁRIO
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