AUTONOMIA do ARTISTA e o
seu PERTENCIMENTO.
“É
necessário alternar e dosar a solidão e a comunicação. A solidão fará com que a criatura humana deseje a comunicação. Assim uma será um remédio da
outra. A solidão curará o mal-estar da
multidão e esta multidão da solidão e do tédio”. SÊNECA – Da tranquilidade do ânimo. Cap. XVII, p. 52 http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bk000487.pdf
Acervo de Ruy Miranda Falcão (1922-1978)
aos cuidados de Ana Cecilia Falcão
Fig. 01 – Integrantes da Associação Araújo Porto
Alegre em viagem pelo Brasil visitam um prédio histórico em Salvado na
Bahia. Os professores Fernando Corona (calça escura) e o arquiteto urbanista Ernani
( terno branco), faziam parte da comitiva. O prof. Corona escreveu um nitrido diário
do roteiro da AAPA pela Bahia e Minas Gerais. O professor Ernani Dias Corrêa (
1900-1982) foi fundador de Curso de Arquitetura do IBA-RS e da Seccional
Regional do IAB- RS
O artista
visual concebe as sua obra no meio da contradição entre a solidão e a multidão.
De um lado está o trabalho necessário no seu atelier solitário. No oposto a
necessária socialização de sua produção no meio da multidão. Academias, eventos
e associações buscam formas para transformar esta contradição em
complementaridade e recomendado ao artista por Marcel Duchamp. No atelier
produz a sua obra solitária primordial. Esta necessita do seu observador, para
se completar. O sentido da obra irá se potencializar na mediada dos seus
observadores.
Acervo de Plínio
Cesar Livi BERNHARDT (1927 – 2004)
Fig. 02 – Plínio Cesar Livi BERNHARDT (1927 –
2004) continuou, após a sua formatura no Curso Superior de Artes Plásticas do
IBA-RS, como assíduo participante e animador de associações,
de grupos e núcleos de artistas visuais. Nestas condições foi diretor do
MARGS na sua transferência para a sua sede atual e onde mantinha um grupo
assíduo de estudantes em aulas de pintura e desenho.
Na
imagem o estudante Plínio César trabalha nas férias de inverno e se inspira no
portal da Igreja de São Miguel das Missões Jesuíticas do Rio Grande do Sul.
Na Música, no Teatro e
no Cinema a associação é indispensável tanto na produção como na socialização. Em Porto Alegre o escritor e poeta Athos
Damasceno Ferreira (1902-1975) estudou grupos nas Letras, no Teatro e nas Artes
Plásticas desde a origem desta cidade. Na Música os pequenos grupos sempre
existiram e muitas vezes presentes e reforçando os espetáculos dramáticos como
na Ópera. Em Porto Alegre estes grupos foram estudados com seu vínculo com o
ensino formal por Claudia Maria Leal RODRIGUES e por sua orientadora Maria Elizabeth LUCAS na sua vinculação com a classe dominante. No Cinema este
estudo pode ser conferido, por tabela, na autobiografia de José Di Francesco e
nas revistas além da história dos Clubes de Cinema de Porto Alegre. O mesmo
pode ser objeto de estudo dos clubes de Fotografia. Evidente que necessário
percorrer numerosos outros estudiosos e estudos par ter um mínimo de visão das
personalidades nas artes e suas relações de pertencimento ao seu meio.
Acervo de Plínio Cesar
Livi BERNHARDT (1927 – 2004)
Fig. 03 – A Associação Araújo
Porto Alegre em viagem para as a Missões nas férias de inverno de 1947. Sob
o estímulo do veterano Professor Benito
CASTAÑEDA, (1885-1955) – primeiro a esquerda do observador- também visitaram e
trabalharam nas ruinas das Missões que estão no atual território da Argentina,
grupos e núcleos de artistas visuais do Brasil Desta excursão resultou a
publicação:
Centro Acadêmico Tasso
Corrêa – Viagem aos Sete Povos das Missões. Porto Alegre: Instituto de
Belas Artes do Rio Grande do Sul -1947
A
forma destas associações de artistas e a complementariedade dos seus
observadores possui ora vínculos oficiais ou este lhe é indiferente ou até
dominante. Há necessidade de concordar com Maria Amélia Bulhões (1992: 58) de que a cada projeto político
também existe um projeto estético. Assim os Grêmios Republicanos eram contra o
regime imperial e pleiteavam mudanças neste centralismo. Estes grêmios, depois
de empolgaram o poder político, estabeleceram as competências e os limites
destas associações e sem subordinação ao trono imperial ou centralismo do poder
estatal. Isto aconteceu no texto legal[1]
de 10.09.1893.
Em
Porto Alegre reuniu se, em novembro 1913, uma efêmera associação, na forma de um
“Centro Artístico”, ao redor de uma exposição
de Pedro Weingärtner, conforme registro de Doberstein (1999: 91). Vários deles
eram membros integrantes do CC-ILBA-RS.
Salão de Outono -
Porto Alegre: Revista Máscara, ano
VII, no 7, jun. 1925
Fig. 04 – A ideia do
Salão de Outono de Porto Alegre tomou corpo ao longo da preparação dos cenários
para um baile de carnaval realizado no início do ano de 1925. Este Salão se realizou sob
o estímulo de Hélios SEELINGER (1878-1965) nas suas reiteradas visitas, aos
amigos de Porto Alegre. Ele trazia ideias de Europa e dos círculos de artistas
da capital federal. O mesmo número 7 da Revista Máscara traz uma imagem
colorida de obra “Rio Grande de Pé pelo
Brasil” de Seelinger cuja tela definitiva se encontra no Museu de
Piratini-RS. A revista Máscara era de propriedade do Dr Mário Totta, um dos
líderes do baile de Carnaval e um dos membros da Sociedade que promoveu o Salão
de Outono.
O
Salão de Outono de 1925 também foi fruto de uma associação efêmera, que nasceu
dos preparativos do baile de carnaval da
Sociedade de Filosofia (Scarinci, 1982: 35) e que se tentou institucionalizar
(Revista Máscara, ano VII, no 7, junho de 1925). Nesta associação
estavam vários membros do ILBA-RS como Fábio Barros (com o pseudônimo de
Vitoriano Serra) (1881-1942) e Manuel André da Rocha (1860-1942), além de
professores da época do Instituto, como Francis Pelichek (1896-1937), ou de
futuros, como Fernando Corona.
Fig. 05 – O público
presente e de costas para a obra do artista Sotero Cosme (1905 -1978)
em
Porto Alegre. Na primeira fila, de bengala e chapéu, Manuel André do Rocha,
vice presidente do IBA-RS e primeiro
reitor da Universidade de Porto Alegre. Sotero também era músico como seu irmão Luís
Cosme que se dedicou profissionalmente à esta arte. Sotero, depois de trabalhar
na indústria gráfica em porto Alegre, como quando criou a capa nº 1 da Revista
do Globo, foi contrato pelo IBC para a publicidade brasileira do café. Nesta
condição trabalhou em Paris. Ali também fazia cartazes para de filmes de Hollywood
a serem distribuídos na França. Depois estabeleceu o seu atelier em Florença
ondo foi visitado, em 1952, por Fernando Corona.
A
Associação Francisco Lisboa nasceu em agosto de 1938 e foi a de maior
continuidade[1].
Fundada nove meses após a proclamação do Estado Novo[2], os
seus integrantes procuravam fazer do seu ofício, como trabalhadores
especializados, a razão de sua união.
[1] - SCARINCI, Carlos «Da
Francisco Lisboa ao Pseudo-Salão Moderno de 1942» in Correio do Povo, Caderno de Sábado, Volume CVI, Ano
VIII, no 606, 08.03.1980, pp 8/9.
[2] - Carlos Scarinci escreveu (1980, p.8, col.1) “Os
objetivos da nova entidade não podem ser definidos como uma tomada de posição de classe, mas sua criação
coincide quase com a transformação da Associação Paulista de Belas Artes em
Sindicato dos artistas políticos(1937) que coincide também com as orientações sindicalistas do
Estado Novo recentemente implantado”.
Fig. 06 – A imagem de Antônio Francisco Lisboa (c.1730
– 1814) concebida por João Faria Viana
um dos fundadores da Associação que possui por patrono este artista. A
biografia de Aleijadinho foi resgatada, a partir de 1858, a pedido de Manuel
Araújo Porto-alegre ao deputado Rodrigo José Ferreira Bretas (1815-1866) de
Minas Gerais. Este encontrou os dados, conhecidos hoje, na memória oral
enfraquecida de alguns que diziam terem convido com o escultor e arquiteto como
a sua nora. Nas suas obras não existem assinaturas nem documentos que as
identifiquem e atribuam de uma forma unívoca e científica. Este processo de
assinatura, de contrato como garantia da autenticidade foi introduzido no Brasil a partir de 1816
pela Missão Artística Francesa.
Essa
intenção foi registrada por Kern que escreveu (1981, f. 113) que “a Associação Francisco Lisboa foi fundada
com o objetivo de reunir os artistas que se encontram isolados e que tem
dificuldades para se fazer conhecer seus trabalhos”. Ao acompanhar a
nominata dos seus fundadores constata-se a presença significativa de integrantes
do IBA-RS. A sua primeira formação era constituída por:
“um
grupo de jovens artistas: João Faria Vianna, Carlos Scliar, Mário Mônaco, Edla
Silva, Nelson Boeira Faedrich e Gaston Hofstetter. Nesse mesmo ano ingressam
Guido Mondin, João Fontana, Arnildo Kuwe Kindler, João Fahrion. Judith Fortes,
José Rasgado Filho, Gustav Epstein, Mário Berhauser, Júlia Felizardo e Romano
Reif.” (KERN. 1981
ff. 112 e 113).
Nessa lista verifica-se que todas as
artistas frequentaram a
Escola de Artes do ILBA e ali concluíram o seu curso superior da época.
Fig. 07 – A Judith Fortes, com formação Superior na
Escola de Artes do IBA-RS, enfrentou a profissionalização como artista visual
em Porto Alegre. Como uma das fundadoras da Associação Francisco Lisboa demonstrou
tanto a necessidade de formação superior do artista como a busca da
socialização por meio de associações, grupos e núcleos de artistas visuais.
Uma das suas obras – é a “Cabeça” com a técnica de pastel seco
- 62 x 50 cm - que consta na Pinacoteca
Aldo Locatelli da Prefeitura de Porto Alegre.
PETTINI Ana
Luz e KRAWCZYK, Flávio Pinacotecas
ALDO LOCATELLI e RUBEN BERTA:
acervo artístico da Prefeitura de Porto Alegre - Porto Alegre :
Pallotti, 2008, 216 p.il color
Assim, Judite
Fortes o concluiu o Curso Superior da Escoa de Artes do IBA-RS em 1922[1],
tendo ingressado em 1916[2].
Exerceu o papel de professora substituta em várias ocasiões e de membro das bancas de final de ano. Em
dezembro de 1938 ela deve ter enfrentado um sério problema profissional no
IBA-RS, pois o seu nome foi preterido na cadeira de Anatomia Artística[3] face ao de Luiz Maristany de Trias[4].
Mas o fato parece que não a indispôs contra o IBA-RS, pois em 1942 estava
contribuindo com uma obra sua[5]
para construir o prédio do Instituto. Ela mantinha um curso de desenho na
frente a sede do Instituto para a preparação do vestibular[6]. Júlia
Netto Felizardo ingressou na Escola de Artes em 1922. Ela foi da turma e da
série dos pintores Francisco Brilhante e José de Francesco. Júlia concluiu a
Escola em 1927. Na exposição do ano de 1928 conquistou distinção[7].
Edla Hofstätter da Silva iniciou, em
1930, os seus estudos na Escola de Artes e formando-se no Curso Superior em
1934.
[1] - Relatório do ano de 1916 de Libindo Ferrás
[2] - Relatório do ano de 1916 de Libindo Ferrás
[3] - Judite Fortes se inscreveu no dia 10 de dezembro de
1938 para concorrer para docente da cadeira de Anatomia Artística. Livro-Caixa (borrador) do Instituto . Dia
10.12.1938.
[4] - Luiz
Maristany de Trias (1885 -1964) também
se inscreveu no mesmo concurso para a mesma cadeira. Não há registro da
realização do concurso. Contudo Trias ocupava a cadeira de Anatomia Artística,
desde o dia 06 de junho de 1938,
conforme “Offício nº 353, acompanhado de 2ª via do contrato” que lhe foi
remetido com essa data. Livro nº 1 do protocolo do I.B.A iniciado em 28.4.1936,
p. 24. . O certo é que Maristany de Trias continuou a lecionar a disciplina de
Anatomia Artística, enquanto o nome de
Judith Fortes não consta mais, depois disso, na relação de docentes do
Instituto.
[5] - Catálogo da Grande Exposição de Belas Artes – Março de
1942.
[6] - Depoimento oral da ex-aluna do Curso de Artes
Plásticas do IBA-RS, Cecília Zingano Amaral, ao
pesquisador .
[7] - Na lista dos formando do
Instituto entre os anos de 1916 até 1961 ao lado do nome de Júlia Netto Felizardo está anotado: ‘Aprovada c/distinção. Foi-lhe conferido o
Prêmio de uma medalha de prata pelos seus
trabalhos apresentados em 1928 (Composição Decorativa)
Fig. 08 – Nas
relações associativas pode-se afirmar que João Fahrion ilustra bem o fato de
que uma classe se forma, e se mantém unida, pelo trabalho em comum dos seus
membros.
O
autorretrato de João Fahrion é um índice de suas predileções pelo grafismo e
uso desta linguagem para demonstrar a sua capacidade para expressar estados
psicológicos. Estas suas predileções e competências lhe foram proveitosas
para a indústria gráfica. Evoluiu do ensino
e das técnicas gráficas do antigo Instituto Parobé no qual Giuseppe
Gaudenzi conseguiu instalar os mais modernos equipamentos da época, para depois
seguir para a editora Globo na qual esta capacidade deixou marcas em
ilustrações de livros e periódicos. Em 1937, com o desaparecimento de Francis
Pelichek, foi o seu sucessor natural nas aulas de Desenho da Escola de Artes
depois Curso Superior de Artes Plásticas do IBA-RS.
Não
há registro disponível se essas ex-alunas exerceram um papel diferenciado no grupo. A
Associação não gerou uma linha de pesquisa, nem se definiu por uma estética
identificadora do grupo. O grupo não manteve uma estrutura burocrática
administrativa, e muito menos investiu
em bens ou sede[1]
do grupo. Isso seria impossível pelo tipo de associação proposta e as possibilidades
materiais do grupo. Esse fato dificulta uma recuperação e documental
continuada, além de jornais, eventuais catálogos de exposições ou visões
pessoais em entrevistas com membros de
diversas épocas dessa associação.
[1] - Conforme Scarinci, (1982, p. 111) em 1945
houve a promessa do governo do Estado de uma sede, o que não se concretizou.
GIUSEPPE
GAUDENZI (1875-1966) - in Boletim do
Instituto CES n. 027 - em 15.02.201
Fig. 09 – Pela
mediação de Pedro Weingärtner foi possível, para a Escola de Engenharia selecionar e contratar o italiano Giuseppe
Gaudenzi para o seu Instituto Técnico
Parobé. Esta se radicou em Porto Alegre, em 1909, ao longo do proveitoso
governo de Carlos Barbosa Gonçalves (1851-1933) e de Cândido José de Godoy
(1858-1946), seu Secretário de Obras e
Fazenda e professor na Escola de Engenharia. O Instituto Parobé foi pensado, nas
suas origens, como verdadeiro Liceu de Artes e Ofícios. A capital do Estado, no
projeto presidencial do Estado de 1908 até 1913, foi pensada como metrópole
digna deste nome. A vinda de técnicos superiores e a formação de mão de obra
qualificada necessária para estes projetos
nas mais variadas áreas superiores. Esta vinda e formação propiciavam as bases para
a formação de núcleos, grupos e associações
de artistas visuais a altura deste projeto civilizatório mantido pelo
médico Carlos Barbosa e o Engenheiro Godói, formado, com louvor, pela “École nationale des ponts e chaussées”
de Paris” atual “École des Ponts ParisTech” -ver site - http://www.enpc.fr/ -
Na
Associação Francisco Lisboa havia dois discípulos de Giuseppe Gaudenzi (1875–1966)
do Instituto Parobé, sendo um João Fahrion (1898-1970) e o outro João Faria
Vianna (1905-1975). Fahrion já era professor do Instituto, para o qual ele fora
chamado no dia 24 de agosto de 1937[1],
substituindo Francis Pelichek falecido em 01.08.1937[2]. Romano
Reif era professor e toreuta estabelecido no bairro operário Navegantes de
Porto Alegre[3].
[1] - ‘Officio nº 182 remetendo proposta de contrato Prof. João Fahrion”
encaminhado a Reitoria da UPA em 24.08.193
Livro nº 1 do protocolo do I.B.A iniciado em 28.4.1936 p.11
[2] - “OffÍcio nº 175 communicando fallecimento do Prof. Pelichek’
remetido à Reitoria da UPA em
04.08.1937 Livro nº 1 do
protocolo do I.B.A. iniciado em 28.04.1937, p. 11
[3] - Romano Reif, como toreuta
foi responsável inúmeros quadros de formatura em diversos estabelecimentos de
ensino da época, identificados com a assinatura ‘ROMANO’ que escolas
tradicionais da época ostentam em Porto Alegre. Ele é nome de Biblioteca Pública na Vila do IAPI de
Porto Alegre. A inovação de Romano que permanece no final do século XX é uma
firma (Madelâmina –Bairro Navegantes) que comercializa chapas aglomeradas
sintéticas, como prolongamento de sua oficina de marcenaria Sua filha Margarida Reif, foi aluna do Instituto,
formou-se em escultura com o prof. Fernando Corona.
Fig. 10 – Guido Fernando Mondin (1921–2000) foi uma das lideranças provenientes do
ambiente do 4º Distrito de Porto Alegre e com intensa vinculação social, política
e estética do Poder Originário deste industrioso bairro de Porto Alegre. Um dos fundadores da Associação Francisco Lisboa, praticou a arte
da Pintura ao longo de toda a sua existência. Na condição de Senador e de
Ministro do Governo, aproveitou para compor, em Brasília, com os seus
conterrâneos, uma instituição destinada a recolher, estudar e divulgar a
cultura sul-rio-grandense em todas as suas dimensões e identidades.
Do
mesmo bairro vinham Gastão Hofstätter (1917-1986) e Guido Fernando Mondin. Gastão
era da equipe de Ernest Zeuner (1895-1967) da Editora do Globo. Mondin tornou-se
político, eleito senador da republica e ministro de Estado, sem renegar a
pintura e o seu bairro de origem[1].
José Rasgado Filho ilustrou a Revista Máscara em 1925 com o pseudônimo ‘Stellius’ e expos desenhos no Salão de
Outono de 1925 de Porto Alegre[2].
Gustav Epstein enviou, ao salão do IBA-RS de março de 1942, uma aquarela
intitulada ‘Vista do Quintal–Copacabana’
contribuindo com os artistas do Rio de Janeiro na construção do prédio do
IBA-RS[3].
[1] - MONDIN, Guido Fernando. Bairro sem água: reminiscências do 4o distrito. Porto Alegre : FEPLAN, 1987, p.
188. Mondin presidiu o Instituto
Histórico Geográfico de Brasília – DF -
onde veio a falecer no dia 18 de
maio de 2000.
[2] - Nesse Salão de Outono
de 1925 estavam expostos os trabalhos de
Judith Fortes e de João Fahrion, A referência a José Rasgado Filho é : “ José Rasgado Filho, o ‘Stellius’ que os
leitores de ´Mascara´ admiram, expõe seus expressivos desenhos” Revista Máscara,
Porto Alegre, ano VII, nº 7 , jun.
1925 s/p.
[3] Na lista dos fundadores da
Associação Francisco Lisboa, que praticam o mesmo gesto altruísta de enviar
obras ao Salão do IBA-RS, estão Carlos Scliar, Guido Mondin Filho, João Faria
Vianna, Judith Fortes e Júlia Felizardo.
Acervo de Ruy Miranda Falcão
1922-1978 aos cuidados de Ana Cecilia Falcão
Fig. 11 – Sob a liderança de Ruy Miranda Falcão os
integrantes da Associação Araújo Porto Alegre, em viagem pelo Brasil,
visitam Minas Gerais e, com o apoio do governo, conhecem as obras da Pampulha
em Belo Horizonte e inspiram, as suas obras, nas cidades históricas.
A
AAPA mostrava que nessa época a profissionalização em arte era considerada como
possível. A resolução do jovem Iberê Camargo, concluinte do Curso Técnico de Arquitetura
no IBA-RS, foi tomada, em 1941, ao proclamar ‘vencer ou morrer pela arte’[1]. Ele
expressava o contexto de confrontos extremos de uma guerra real em andamento. O
indivíduo isolado deveria fazer opções reais e definitivas entre forças
antagônicas que se materializavam em figuras da fachada sorridentes, benevolentes e triunfantes. O
Estado totalitário apontava o rumo, onde ele incluía a arte. No Brasil, essa
política tomou o nome de Gustavo Capanema que na análise de Williams (2000:
251/69) acumulava simultaneamente as funções de administrador, de ideólogo e de
mecenas das artes. A reprodução da arte era possível, no rumo que o Estado
apontava[2].
[1] - Depoimento informal ao
autor de Carlos Petrucci sobre o gesto do seu colega na Secretaria de Obras
Públicas do Estado. Petrucci foi enfático em relação a intensidade e a
veracidade da expressão “vida ou morte” que acompanhou a escolha pela arte realizada por Iberê
Camargo.
[2] - Esse rumo, apontado pelo
Estado Novo, às vezes trazia consequências dramáticas. Foi o caso da Editora do
Globo que quase naufragou devido a um gesto de Gustavo Capanema. Bertasso escreveu (1993, p. 29) que “em 1942, quando a seção da Livraria do Globo
havia chegado ao auge de sua capacidade de publicação de livros nas suas
diversas linhas editoriais a empresa foi brutalmente atingida pela reforma de
ensino orquestrada pelo ministro da Educação, Gustavo Capanema [ ...] ministro
da ditadura Getúlio Vargas, com a melhor das intenções para o ensino
brasileiro, por pouco não fez soçobrar a seção da Livraria do Globo encarregada
dos livros didáticos”. O ministro, ao mudar
o programa de ensino sem avisar a ninguém, tornou obsoletos praticamente
todos os livros didáticos já impressos na Globo, e que tiveram de ser transformados
em papel velho, com enormes prejuízos para a empresa.
Acervo de Ruy Miranda Falcão
1922-1978 aos cuidados de Ana Cecilia Falcão
Fig. 12 – Os integrantes da Associação Araújo Porto
Alegre trabalharam intensamente contrariando os hábitos do simples turista e da
passividade do viajante receptivo. As obras produzidas foram mostradas em
Salvador, Belo Horizonte e depois em Porto Alegre. Um pequeno grupo repetiu este projeto, em anos sucessivos, e chegaram até Recife
onde trabalharam e expuseram (Diário de Pernambuco em 21.02.1952) .
A
Associação Francisco Lisboa continuou a sua ação como uma das forças do sistema
de artes do Rio Grande do Sul, descobrindo-se nela projeções da teleologia
imanente do IBA-RS, na medida em que
esteve sob a orientação de vários dos seus docentes e ex-alunos. A
ex-aluna e docente do IA-UFRGS, Marilene Pieta, acompanhou e registrou (1995:
74/5) a ação desses membros do Instituto na Associação Francisco Lisboa onde
ela integrou uma das suas diretorias. Num outro estudo (1998) Pieta acompanhou
os desdobramentos da e das obras do Grupo de Bagé e cuja ação teve por cenário
e repercutiu a partir da capital Porto Alegre. De outra parte não é possível
ignorara a ação destemida do “Grupo Bode Preto” tendo a frente o pintor Waldeni
Elias (1931-2010) e cujos membros for, objeto de estudo de Pieta (1995) e Scarinci
(1982). Na raiz destas expressões de autonomia não é possível ignorar a organização estudantil do Centro Acadêmico Tasso Corrêa (CATC) cuja memória era
renovada desde o dia de sua criação no dia 03 de junho de 1932.
Acervo de Ruy Miranda Falcão
1922-1978 aos cuidados de Ana Cecilia Falcão
Fig. 13 – Sob a liderança de Ruy Miranda Falcão os
integrantes da Associação Araújo Porto Alegre em viagem pelo Brasil. Rui
nasceu em Porto Alegre. Educou-se em Portugal. Dedicou-se profissionalmente ao
Design e á sua Casa de Moveis. Veio a falecer em São Paulo num acidente
automobilístico
A Associação
Araújo Porto Alegre deve-lhe os trâmites oficiais tanto dos seus estatutos,
publicação como o seu registro. Com este instrumento público em mãos, pleiteou ajuda oficial dos Estados do Rio
Grande do Sul, Bahia como de Minas
Gerais e que recebeu efetivamente. Ao mesmo tempo preparava e divulgava as
exposições através de visitas e release dos projetos e obras produzidas na
AAPA.
Surgiram
outros grupamentos de artistas plásticos, mais ou menos vinculados ao IBA-RS.
Kern estudou (1981: 208-214) a ‘Associação
Araújo Porte Alegre’ (AAPA), formada, entre 1948 e 1952, por estudantes de
Artes Plásticas, Música e de Arquitetura do IBA-RS[1] e
entre 1954 e 1955 a ‘Sociedade de Amigos
da Arte’. Scarinci registra (1982: 106) a experiência da Sociedade de Cultura do IBA (SOCIBA), constituída no aniversário do
Instituto em 1953 que nos documentos do
AGIA-UFRGS[2]
descobre-se como uma interface entre a instituição e a sociedade civil,
aos moldes de uma “fundação”. A SOCIBA foi desativada em 1958, dando lugar à ‘Associação
Cultural dos Ex-Alunos do IBA-RS” [3],
que foi responsável pela experiência da Escolinha de Artes do Instituto[4].
[1] - Conferir «Associação
Araújo Porto Alegre» in Correio do Povo. Caderno de Sábado. Volume XCVI, ano VIII no 596,
29.12.1979, pp. 8/10.
Conforme
pesquisa de Sérgio Sakikabara a Associação Araújo Porto Alegre foi
inscrita no Registro Civil de Pessoas Jurídicas de Porto Alegre na folha 19 sob
o número de ordem 900 no livro A número 3 no Registro de Documentos com
Protocolo 50022 no livro nº 4 em 02 de abril de 1948 com assinatura de Othelo Rosa
[2] - Atas da SOCIBA Sociedade de Cultura do
Instituto de Belas Artes (22/04/1953 –
1958) SOCIBA: Programas e estatutos - 1953 - 1958 -
[3] - Entrevista informal com o
autor, em 17.12. 2001, com Iara de Mattos Rodrigues que estagiou na Escolinha de
Artes do Rio de Janeiro de Augusto Rodrigues, financiada pela Associação de Ex
Alunos do IBA-RS.
[4] - Além dos diversos textos
pedagógicos produzidos por Iara Mattos
Rodrigues, para conhecer os vínculos institucionais da Escolinha de Arte,
mantida pela Associação Cultural dos Ex-Alunos do Instituto de Artes da UFRGS,
pode-se compulsar o processo dirigido ao
Reitor Tuiskon Dick e que recebeu o n.o 23078.028061/91-44 no
Protocolo Geral da UFRGS no dia 24.06.1991 as 11h24min.
Acervo de Ruy Miranda Falcão
1922-1978 aos cuidados de Ana Cecilia Falcão
Fig.
14 – Os integrantes da Associação Araújo
Porto Alegre almoçam em Salvador na Bahia. Com a fidalga acolhida pessoal
do governador Mangabeira e coerentes com o projeto do seu secretario Anísio
Teixeira, tiveram tempo para uma imersão no patrimônio material e
imaterial da Primeira Capital do Brasil.
Esta outra realidade e distinta da sua cultura também mostrou contrastes que
Vitório Gueno um dos integrantes da AAPA publicou jocosa e respeitosamente na Revista
do Globo, ano XIX, nº439, 22.05.1948,
pp.49-51 .
Ninguém pode separar a
cultura erudita ou intuitiva do Rio Grande do Sul da cultura artística
associativa Brasileira. Estes grupos projetaram, para o seu tempo e seu lugar,
a energia que unia os artistas da corte de Napoleão Bonaparte e que se juntaram
na Missão Artística Francesa que chegou ao Brasil em 1816. Estas ações possuem
valiosas valorosas associações brasileiras. No Império a Sociedade Propagadora de Belas Artes, criada
em 2 de novembro de 1856, deu origem a Liceu de Artes e Ofícios. Este ideal de
Francisco Joaquim Bithencourt da Silva (1831-1911) gerou um movimento
associativo que persiste até os dias atuais. Também no Império São Paulo teve o
LICEU de ARTES e OFICIOS em 1873 e que contínua.
ENO
Vitório BAHIA - Porto Alegre: Revista do Globo, ano XIX, nº439, 22.05.1948, p.49
Fig. 15 – O artista Vitório Ghenno integrou a
caravana da AAPA para a Bahia e Minas Gerais no verão de 1948. No retorno
publicou uma reportagem gráfica, na Revista do Globo, relativa aos hábitos do
povo baiano. Destacou o contraste ente o mundo da alta burguesia e a forma como
a classe popular interagia e enfrentava esta barreira. Estas imagens são uma
ilustração gráfica atualizada e localizada das ideias de Gilberto Freire e
Sérgio Buarque em relação á cultura e a forma de a criatura humana brasileira
transformar suas contradições em complementariedades
Estes
grupos de artista brasileiros prosperaram na esteira aberta pelos Grêmios
políticos republicanos. Multiplicaram-se pelo país graças aos novos meio de
comunicação mundial e no paradigma das associações de outros continentes agora mais
acessíveis. A formação e manutenção destas associações brasileiras de artistas
se intensificaram e tomaram vigorar especial com a efetiva instalação do regime
republicano.
A SOCIEDADE
BRASILEIRA de BELAS ARTES tomou corpo em 1910 na então capital politica. Ali
também surgiu, em 12 de junho de 1931, o Núcleo Bernardelli, logo após a
Revolução de 1930.
Fig. 16 – A progressiva verticalização e
estreitamento da ambiente do poder na Escola Nacional de Belas Artes - cuja Congregação
defenestrou o jovem diretor Lúcio Costa - levou os estudantes a buscar terreno,
limites e poder próprio por meio da associação que levou o nome de Núcleo
Bernardelli. Núcleo mais coerente
com as condições econômicas, mais próximas das origens destes jovens candidatos
á artistas visuais no Brasil fazia pela sua arte o que a Revolução de 1930
tinha feito pelas armas e coerentes com a politica educacional e cultural que
ela implantou na universidade brasileira para todo território nacional. O Rio
Grande do Sul recebeu, deste Núcleo, o
paulista Ado Malagoli que, além da Pintura 'Stricto Senso' no INBA-RS,
desenvolveu a política do Museu de Arte do Rio Grande do Sul que leva o seu
nome
Um
grupo de jovens começou a se reunir no edifício Santa Helena, no centro de São
Paulo, logo após a Revolução de 1930.
Este grupo tomou o nome do prédio e muitos deles era descendentes de imigrantes
italianos. O escritor, músico e esteta Mario de Andrade chamou a atenção para
estes jovens, suas obras e propostas.
Fig. 17 – As associações, grupos e núcleos de
artistas visuais proliferaram no Brasil inteiro. Muitas vezes, premidos pela
pressa e pela compulsão - do fazer pelo fazer - não calculam as circunstâncias
e principalmente as contradições econômicas, políticas e sociais paranecessitam
energia para transformá-las em complementariedade, É o que parece ter
acontecido com a Associação Rio-grandense de Belas Artes (ARBA) presidida por
Ângelo Guido. Não se localizou muito da ARBA criada em 1936, antes do Estado
Novo (1937-1945). Uma das contradições
talvez mais plausíveis seja o fato de o Presidente da ARBA ter sido um dos
agentes da DIP do Estado Novo e trabalhar profissionalmente no como crítico e
cronista de Arte no Diário de Notícias de Assis Chateaubriand.
Em Porto Alegre a Associação
Rio-grandense de Belas Artes estava ativa em 1936 e sob a presidência de
Ângelo GUIDO GNOCHI, (1893 -1969) com a
participação e logo desenhado por de Francisco BELLANCA, (1895–1974) primeiro
estudante de Curso Superior da Escola de Artes do IBA-RS, seu professor autor
dos escudos heráldicos dos município de Porto
Alegre e de Passo Fundo.
Com a
retomada da autonomia do IBA-RS da Universidade de Porto Alegre as ações
grupais se estenderam sociedade adentro. Um destes instrumentos foi a
organização de Salões de Belas Artes.
Fig. 18 – Por mais contradições, limitação de
circulação de poder, de inteligência e de logística adequada, os salões bienais
das academias provocaram reações iguais e contrárias. Com este estímulo
despertavam sentimentos, ações e obras que as questionavam direta ou
indiretamente. Com o IBA-RS - na
autonomia da Universidade de Porto Alegre - retomou esta tradição europeia que
iniciou na Itália, ganhou forma na França e se irradiou com a Era Industrial
nas suas feiras locais, nacionais e internacionais. Muitas vezes a origem da
Associação Francisco Lisboa busca a sua raiz contra o IBA-RS e os seus salões. Porém
se aproximando e deixando de lado qualquer centelha de intriga, é possível perceber
que este cartaz, de 1939, é da autoria de João Fahrion, um dos fundadores, em
1938, da Chico Lisboa.
A
partir de 1947 a ideia da UNIVERSIDADE das ARTES a concepção de um Museu de
Artes ganhou corpo. Esta ideia se concretizou em 1954 a partir da contratação pelo IBA-RS de Ado Malagoli (1908 -1994) antigo membro de
Gripo Bernardelli. Em 1958 o 1º Congresso de Brasileiro de Artes e a realização
do 1º Salão Pan-Americano de Artes reforço a ideia e foi aprovado a moção em
direção à constituição do Ministério das Artes.
Nos
limites também é necessário ressaltar que para as competências das associações,
clubes e núcleos de artistas sul-rio-grandenses pouco significa a sua projeção
para culturas de outros estados e muito menos para fora do país. O mesmo pode
ser dito do inverso. As projeções, de fora para dentro, de culturas, mesmo as
hegemônicas são pouco proporcionais, correntes e fecundos. As ruínas das
missões jesuíticas talvez sejam uma das numerosas e melhores ilustrações da
inutilidade e frustração trazida por estes projetos exógenos, implantados por
um voluntarismo incoerente e a revela do Poder Originário local.
Para
as associações, grupos e núcleos de artistas visuais são tão danosos a
mitificação de uma autonomia caricata, como a sua naturalização primária pela
procrastinação da solução do problema da coerência entre competências e limites.
A autonomia, reduzida ao maniqueísmo entre os extremos da solidão e da
multidão, provoca a mesma esterilidade desde a origem de associações, de grupos
e de núcleos de artistas visuais.
Existem
infinitas divisões no contínuo da prática da autonomia. A autonomia do artista não constitui a busca
do solipsismo, pelo que viu acima. De outra parte a autonomia - conceituada
como competências e limites – potencializa o contínuo da sua energia interna
que se expande nos limites de um grupo. A autonomia potencializa as suas
competências na medida em que elas são comuns para múltiplos agentes deste
grupo de dentro. Este “ser comum” também não significa
mesmice na arte. Ao contrário: “o artista
produz para o seu concorrente” na concepção de Pierre Bourdieu. Serve a
metáfora da torcida num jogo no qual o torcedor é alguém que gostaria de estar
em campo, jogando para o seu time.
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Entrevista por e-mail e
matérias iconográficos com:
Ana
Cecilia Falcão 3ª filha de Ruy Miranda Falcão.
FONTES
NUMÉRICAS DIGITAIS das IMAGENS e TEXTOS
CITADOS.
ACADEMIA BRASILEIRA de BELAS
ARTES
ARAÚJO PORTO-ALEGRE, Manuel
- 1808-1879
ASSOCIAÇÕES REPUBLICANAS
Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco
Lisboa
CHICO LISBOA
ASSOCIAÇÂO ARAÚJO PORTO -ALEGRE
- AAPA
AUTONOMIA
AUTONOMIA distinta de SOBERANIA
CLUBE de GRAVURA de PORTO
ALEGRE
Francisco Joaquim Bithencourt
da Silva
GRUPO SANTA HELENA
http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=marcos_texto&cd_verbete=338
GRUPO VÉRTICE
GUIDO MONDIN e o 4º DISTRITO de PORTO
ALEGRE
LICEU de ARTES e OFÍCIOS de São
Paulo
LICEU de ARTES e OFICIOS do Rio
de Janeiro
NÚCLEO BERNARDELLI
ORIGENS do INSTITUTO de ARTES
da UFRGS
SÊNECA: SOLIDÃO e MULTIDÃO
SOCIEDADE BRASILEIRA de BELAS
ARTES RJ -
1910-
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ensino-aprendizagem
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formação histórica. ...
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1º blog :¿ QUE
É ARTE ?
2º blog : MATHIAS
SIMON
3º blog NÃO
FOI no GRITO
SUMÁRIO do 1º ANO de postagens do blog NÃO FOI no GRITO
4º blog + site a partir de 24.01.2013
PODER ORIGINÁRIO
RESUMO do
texto: PODER ORIGINÀRIO:
TEXTO:
expandido do PODER ORIGINÀRIO
Site
CURRÍCULO LATTES
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